Estudantes bolsistas dos programas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt) denunciam atrasos de até dois meses no pagamento das bolsas. O novo ciclo de repasses, previsto para iniciar em outubro, ainda não foi efetivado. A situação atinge bolsistas da UFNT e da Unitins, contemplados pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).

Os estudantes afirmam que o atraso compromete a permanência na graduação, já que o programa exige dedicação exclusiva, impedindo vínculo formal de emprego durante a vigência da bolsa.

“Já estamos com dois meses de atraso. Eles sequer iniciaram o ciclo de pagamentos que estava previsto para outubro”, relatou um bolsista. “É um absurdo, porque muitos dependem desse recurso para se manterem na faculdade. Somos obrigados a não ter nenhum vínculo de trabalho e ficamos totalmente descobertos”, acrescentou.

Antes das novas notas oficiais, os estudantes afirmam que a fundação havia informado que o pagamento seria realizado até esta semana, o que não ocorreu.

Notas oficiais da FAPT

Em comunicado enviado aos bolsistas, a Fapt informou que o pagamento referente ao mês de setembro “está em fase final de processamento”. A fundação explicou que o início do novo ciclo envolve conferência e juntada de documentos,como CPF, RG, dados bancários e termos de outorga — enviados pelas instituições de ensino, o que pode impactar os prazos.

O documento apontava que os pagamentos de setembro e outubro deveriam ser realizados até a primeira quinzena de novembro.

Em uma segunda nota, datada de 14 de novembro, a Fapt reafirmou que os pagamentos estão “em fase final de tramitação nos órgãos competentes do Governo”. A fundação também mencionou que as bolsas são submetidas a controles administrativos e financeiros, e que está trabalhando para implantar novos fluxos de pagamento via Fundo de Ciência e Tecnologia, com previsão de implementação nos próximos meses.

A entidade garantiu que “todas as bolsas serão pagas integralmente” e reforçou compromisso com a valorização dos pesquisadores e o desenvolvimento científico e tecnológico no Tocantins.

Confira as notas na íntegra abaixo:

O Jornal Opção Tocantins entrou em contato com a gestão estadual questionando sobre novos prazos e ainda não obteve retorno.

Sobre a FAPT

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins é o órgão estadual responsável por fomentar projetos de pesquisa, inovação e tecnologia no estado, incluindo programas de iniciação científica, mestrado, doutorado e grupos de pesquisa.