Cesta básica tem queda de 5,91% em Palmas em setembro e passa a custar R$ 677,87, segundo Conab e Dieese

08 outubro 2025 às 14h30

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O custo da cesta básica de alimentos caiu 5,91% em Palmas no mês de setembro, em relação a agosto, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta quarta-feira, 8, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O preço médio na capital tocantinense ficou em R$ 677,87.
Entre os 12 produtos avaliados, dois apresentaram redução no período: o tomate, com queda de 47,61%, e o feijão carioca, com recuo de 0,91%. Cinco itens permaneceram com o mesmo preço médio em Palmas: pão francês, arroz agulhinha, café em pó, açúcar cristal e óleo de soja.
No acumulado entre abril e setembro de 2025, oito produtos tiveram redução na capital: tomate (-50,64%), arroz agulhinha (-12,01%), feijão carioca (-7,06%), leite integral (-2,98%), pão francês (-2,73%), farinha de mandioca (-1,62%), óleo de soja (-1,52%) e açúcar cristal (-0,79%).
Em todo o país, 22 das 27 capitais registraram redução no preço da cesta básica em setembro. As quedas mais expressivas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). As capitais com menores custos médios foram Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal (R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93). São Paulo teve o maior valor, com R$ 842,26.
“A redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é sinal de que as políticas do Governo do Brasil de abastecimento e apoio à produção de alimentos estão funcionando. A Conab e o Dieese trabalham para garantir transparência nos preços e contribuir com ações que assegurem comida de qualidade e a preços justos na mesa das famílias brasileiras”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.
O tomate apresentou queda em 26 capitais entre agosto e setembro, com variações de -47,61% em Palmas a -3,32% em Campo Grande. O aumento da oferta, impulsionado pela colheita da safra nacional, contribuiu para a redução dos preços no varejo. Apenas Macapá registrou alta (4,41%).
O arroz agulhinha ficou mais barato em 25 das 27 capitais, com destaque para Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%). Mesmo com exportações aquecidas, o recorde de produção da safra 2024/25 elevou o excedente interno e reduziu as cotações. Em Palmas, o preço se manteve estável, e em Vitória houve alta de 1,29%.
O preço do açúcar caiu em 22 capitais, variando de -17,01% em Belém a -0,26% em São Luís. O aumento da produção nas usinas paulistas e a previsão de maior oferta na Ásia impactaram o mercado interno. Goiânia (0,51%) e João Pessoa (0,49%) tiveram elevação.
O café em pó registrou queda em 14 capitais, com maiores reduções no Rio de Janeiro (-2,92%) e em Natal (-2,48%). Apesar da valorização internacional, a demanda menor refletiu nos preços médios. As altas mais expressivas foram em São Luís (5,10%) e Campo Grande (4,32%).
A batata teve redução de preço em dez capitais do Centro-Sul, com destaque para Brasília (-21,06%) e Porto Alegre (-3,54%), influenciada pela maior oferta da safra de inverno. Belo Horizonte foi a única capital com alta (3,07%).
A carne bovina de primeira apresentou queda em 11 capitais e alta em 16. As maiores reduções ocorreram em Macapá (-2,41%), Natal (-1,13%) e São Luís (-1,03%), enquanto Vitória registrou o maior aumento (4,57%). A estiagem limitou a oferta, mas a demanda contida evitou altas generalizadas.
Entre julho e setembro de 2025, os preços da cesta básica caíram em 25 das 27 capitais analisadas. Fortaleza teve a maior redução (-8,96%), com o valor passando de R$ 738,09 em julho para R$ 677,42 em setembro, diferença de R$ 60,67. Também registraram quedas expressivas São Luís (-6,51%), Recife (-6,41%) e João Pessoa (-6,07%). Macapá (+0,94%) e Campo Grande (+0,63%) apresentaram alta no período.
A parceria entre a Conab e o Dieese ampliou, em 2025, a coleta de preços de alimentos básicos de 17 para 27 capitais brasileiras. A ação integra a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a Política Nacional de Abastecimento Alimentar. Os primeiros resultados abrangendo todas as capitais começaram a ser divulgados em agosto de 2025, com base nos dados de julho.