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O Coletivo Somos busca um reposicionamento mais à esquerda na disputa pela prefeitura de Palmas, em 2024, depois do rompimento com o PSB do ex-prefeito Carlos Amastha, na eleição de 2022, por conta da aliança do partido com segmentos conservadores do Estado ligados ao bolsonarismo. 

Os integrantes do movimento explicam que o rompimento se deveu a uma aliança que consideram controversa, do presidente do partido no Estado Carlos Amastha, candidato ao Senado, com o candidato a governador, Ronaldo Dimas (PL), segundo eles, declaradamente apoiador de Jair Bolsonaro à presidência. Após o rompimento, o coletivo declarou apoio à candidatura de Lula para presidente e de Paulo Mourão ao governo do Estado.

O Coletivo manteve encontro esta semana com o superintendente do Patrimônio da União no Estado e membro do PT Tocantins, Edy César, que fez um convite para o movimento se filiar ao Partido dos Trabalhadores. Participaram da reunião a administradora Thamires Lima e o servidor público Alexandre Peara, representando o grupo que, atualmente, ainda mantém filiação ao PSB.

“Recebemos o convite de partidos muito importantes e de lideranças políticas respeitadas aqui no Estado, como PCdoB e Rede/Psol. Estamos muitos gratas e gratos por esse reconhecimento ao nosso trabalho. Queremos contribuir e fortalecer uma esquerda cada vez mais à esquerda para enfrentar de fato uma extrema-direita na nossa cidade. Vamos discutir e avaliar internamente pra onde vamos. Nos próximos dias teremos novidades”, disse Thamires Lima, que possivelmente será o nome do Coletivo na urna nestas eleições municipais.

Pré-candidatura

No pleito de 2020, o grupo inovou com o formato de candidatura coletiva e alcançou uma surpreendente votação na Capital, 887 votos, quantidade superior à de alguns dos atuais vereadores, como a Professora Iolanda Castro (762 votos) e Nego do Palácio (707). Somente em Palmas, nas últimas eleições, o Coletivo SOMOS alcançou 1.665 votos para a Câmara Federal e 1.153 votos para a Assembleia Legislativa.