O custo do curso de formação de condutores em autoescolas representa 83,3% do valor total para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Tocantins, segundo dados apresentados pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, a líderes da Câmara dos Deputados na quinta-feira, 30.

O ministro participou de reunião de líderes partidários, na qual apresentou proposta para acabar com a obrigatoriedade da autoescola na obtenção da CNH, medida que, segundo ele, visa reduzir custos e simplificar o processo de emissão da habilitação. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou a proposta como uma “discussão necessária”.

No Tocantins, o valor do curso de condutores tem peso semelhante ao de estados como Goiás (83,2%) e Rio Grande do Norte (81,6%), enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Sul registram os maiores percentuais do país, com 87,3% e 86,2%, respectivamente. Já estados como Paraíba (61,7%) e Rondônia (63,9%) apresentam menor peso da autoescola sobre o custo total da CNH.

O valor total da habilitação inclui não apenas as aulas práticas e teóricas, mas também taxas cobradas pelos Detrans e exames médico e psicológico. A participação das autoescolas representa a maior parte do custo em diversos estados, e a proposta do governo federal busca flexibilizar essa exigência.

A medida ainda depende de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), cuja publicação está prevista para novembro. Caso seja aprovada, os candidatos à CNH poderão optar por cursos de formação fora do modelo tradicional de autoescola, reduzindo despesas e simplificando etapas do processo.