A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou nova petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando autorização para que ele deixe a unidade prisional a fim de realizar uma cirurgia considerada urgente, além da conversão da pena em prisão domiciliar. O pedido foi encaminhado nesta segunda-feira, 15, ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

A solicitação foi protocolada um dia após Bolsonaro se submeter a um exame de ultrassom na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde está preso desde 22 de novembro. De acordo com os advogados, o exame confirmou a presença de duas hérnias inguinais, o que motivou a apresentação de um novo relatório médico indicando a necessidade de intervenção cirúrgica imediata.

Segundo a defesa, o médico Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento do ex-presidente, recomendou a realização de herniorrafia inguinal bilateral, com internação hospitalar, uso de anestesia geral e período estimado de cinco a sete dias de recuperação. Os advogados afirmam que o adiamento do procedimento pode acarretar agravamento do quadro clínico.

O pedido reforça uma solicitação anterior, ainda pendente de análise. Antes de decidir, Alexandre de Moraes determinou a realização de perícia médica oficial pela Polícia Federal, com prazo de até 15 dias, ao observar que os exames apresentados anteriormente eram antigos e não indicavam urgência cirúrgica à época.

Além da autorização para o procedimento, a defesa requer a concessão de prisão domiciliar por razões humanitárias. Os advogados sustentam que o atual estado de saúde de Bolsonaro é incompatível com a permanência no sistema prisional e que a demora na realização da cirurgia pode resultar em complicações graves.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão após condenação por tentativa de golpe de Estado.