Declarações do fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, voltaram a provocar reação negativa no Tocantins após a publicação de um novo vídeo nas redes sociais, neste sábado. Na gravação, o dirigente político reforça críticas ao estado, repete ataques à classe política local e volta a defender, de forma indireta, a ideia de que o Tocantins não deveria existir como unidade federativa autônoma.

No vídeo, Renan afirma que “nenhum governador do Tocantins consegue terminar mandato” e associa sucessivas gestões a escândalos de corrupção, afastamentos e prisões. Em tom agressivo, ele direciona críticas também ao eleitorado, ao afirmar que a população seria “viciada em eleger ladrão”, e menciona nominalmente a ex-senadora Kátia Abreu e o senador Irajá Abreu, citando a atuação de famílias tradicionais na política do estado.

Ao questionar os ganhos concretos da criação do Tocantins, Renan sustenta que a principal consequência teria sido o surgimento de uma elite política que se beneficia da estrutura institucional em Brasília. Segundo ele, senadores e deputados federais eleitos pelo estado não representariam avanços para a população e fariam parte de um sistema que classificou como ineficiente e marcado por corrupção.

O dirigente do MBL também rebate argumentos de que o Tocantins teria se desenvolvido após sua emancipação, afirmando que o crescimento econômico estaria ligado ao avanço do agronegócio e ao trabalho da população, e não à atuação dos políticos. “Você criou uma classe política que fica mamando em cima dos caras”, diz em um dos trechos.

Na parte final do vídeo, Renan volta a sugerir que o estado estaria em melhor situação se fosse administrado por Goiás. Ele cita o governador Ronaldo Caiado como exemplo de gestor preferível, mesmo reconhecendo que é seu adversário político, e afirma que, na sua avaliação, moradores do Tocantins optariam por esse modelo de administração.

Assista o vídeo aqui.

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