O presidente da empresa BRK Ambiental, Alexandre Honore Marie Thiollier Neto, foi ouvido como testemunha nesta segunda-feira, 22, no processo de investigação de possíveis irregularidades na prestação dos serviços de saneamento básico, realizado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Palmas (CMP).

Durante o depoimento, que teve duração de aproximadamente três horas, o executivo foi questionado pelos vereadores sobre diversos aspectos, incluindo o valor da tarifa de água e esgoto, danos ambientais, investimentos e universalização dos serviços.

Thiollier Neto afirmou que o valor da tarifa em Palmas, onde é cobrado 80% de esgoto sobre o valor da conta de água, está de acordo com o contrato estabelecido, garantindo os recursos necessários para melhorar os serviços. Sobre os danos ambientais, ele mencionou que a equipe técnica local é mais apta para abordar o assunto, mas destacou os investimentos da empresa em fiscalização e redução de ligações clandestinas como medidas para mitigar esses danos.

Quanto aos investimentos, o presidente da BRK assegurou que a empresa aplicou mais de R$ 300 milhões em Palmas desde 2017, tornando-a a quarta capital com maior investimento per capita do país. No entanto, os vereadores cobraram mais transparência e prestação de contas sobre a aplicação desses recursos, que deverá ser encaminhada posteriormente à CPI.

Sobre a universalização dos serviços, Thiollier Neto afirmou que a empresa alcançou quase 100% de cobertura com água tratada e mais de 80% com coleta e tratamento de esgoto em Palmas, números acima da média nacional.

O presidente da Casa de Leis, vereador Folha (PSDB), também questionou o presidente da BRK sobre os empréstimos contraídos pela empresa, solicitando prestação de contas detalhada sobre os investimentos realizados em Palmas.

A reunião contou com a participação dos vereadores Josmundo – PL (presidente), Nego – PL (relator), Júnior Brasão – PSB (membro), Pedro Cardoso – Republicanos (membro), Eudes Assis – PSDB (suplente), Joatan – PL (suplente), Daniel Nascimento (Republicanos) e o presidente Folha (PSDB).