Em Palmas, professores cobram pagamento da data-base e piso do magistério: “não vamos esquecer, nem recuar”

15 outubro 2025 às 15h13

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Em alusão ao Dia do Professor, comemorado nesta quarta-feira, 15 de outubro, profissionais da educação da rede municipal promoveram um ato público unificado em Palmas. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet), teve início às 8 horas, na Avenida JK, com concentração em frente ao Colégio São Francisco.
Na capital, os educadores cobraram da gestão municipal principalmente o pagamento do reajuste do Piso Nacional do Magistério e das datas-bases de 2024 e 2025, ainda não quitadas. O movimento também reforçou a reivindicação ao governo do Estado pelo encaminhamento do projeto do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) à Assembleia Legislativa.
A reportagem solicitou uma nota à Prefeitura de Palmas sobre as demandas da categoria e aguarda um retorno.
Ao Jornal Opção Tocantins, a presidente do Sintet Regional de Palmas, Rose Marques, detalhou as principais demandas da categoria. “Basicamente, cobrança das datas-bases atrasadas (2024, 2025) e o pagamento do piso do magistério. Falta valorização da carreira da educação, prefeito prometeu e não cumpriu. Vai na contramão do plano de governo, do compromisso assumido com a categoria em sabatina no Sintet.”
Ela ressaltou ainda a continuidade da mobilização. “Não vamos esquecer, nem recuar, vamos na luta até pela garantia dos nossos direitos até a conquista.”
Manifestações no estado
Com atos realizados de norte a sul do Tocantins, professores promoveram aulas públicas, caminhadas, faixas, cartazes, bandeiras, carros de som e carreatas, como ocorreu em Arraias, cobrando valorização e respeito à categoria. Segundo o Sintet, as escolas estaduais paralisaram atividades em mais de 90% dos municípios.
Entre as cidades que registraram manifestações estão Araguaína, Augustinópolis, Tocantinópolis, Aguiarnópolis, Angico, Darcinópolis, Itaguatins, Luzinópolis, Nazaré, Palmeiras do Tocantins, Nova Olinda, Colinas, Pau D’Arco, Juarina, Palmeirante, Bernardo Sayão, Guaraí, Pedro Afonso, Colmeia, Goianorte, Couto Magalhães, Presidente Kennedy, Bom Jesus, Goiany dos Campos, Itacajá, Paraíso, Divinópolis, Araguacema, Lagoa da Confusão, Miracema, Dois Irmãos, Rio Sono, Miranorte, Rio dos Bois, Taguatinga, Dianópolis, Arraias, Novo Alegre, Paranã, Combinado, Porto Nacional e Pindorama.
Essa é a segunda paralisação da categoria em menos de quinze dias. No dia 1º de outubro, professores de mais de cinquenta cidades já haviam suspendido as aulas em cobrança por avanços nas negociações sobre o PCCR.
De acordo com informações repassadas extraoficialmente, o projeto do PCCR está na Casa Civil, em análise pelo governador em exercício Laurez Moreira, no cargo há pouco mais de 30 dias. Na última reunião entre governo e sindicato, ainda na gestão anterior, o documento já se encontrava na Casa Civil, aguardando assinatura do governador afastado, Wanderlei Barbosa.
Durante os atos desta quarta-feira, os professores também defenderam a possibilidade de indicar greve, caso não haja avanço no encaminhamento do projeto.