Ex-candidato a vereador do PL detona explosivos na Praça dos Três Poderes e morre em frente ao STF
14 novembro 2024 às 08h53
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Na noite desta quarta-feira, 13, duas explosões abalaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, deixando uma pessoa morta e provocando a interdição do local e reforço na segurança. O homem que morreu foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas explosões, que era proprietário do veículo que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados momentos antes de se auto-explodir em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com informações, Francisco Wanderley, também conhecido como “Tiu França”, tentou acessar o STF, arremessando um objeto explosivo próximo à estátua da Justiça e acionando outro artefato que estava preso ao seu corpo. Antes do ato, ele enviou mensagens pelo aplicativo WhatsApp manifestando a intenção de praticar o autoextermínio e realizar o atentado.
“Tiu Franca” era natural do Rio do Sul, Santa Catarina, havia sido candidato a vereador pelo PL nas eleições de 2020, mas não foi eleito, recebendo apenas 98 votos. Na última semana, alugou uma casa em Ceilândia, Distrito Federal, onde foi encontrada sua documentação e indícios do crime que cometeria nesta quarta.
A primeira explosão ocorreu às 19h30, no carro de Francisco Wanderley, estacionado no Anexo IV da Câmara. Pouco depois, ele se dirigiu ao STF, onde a segunda explosão foi registrada. O esquadrão antibombas foi acionado e iniciou uma varredura em toda a Praça dos Três Poderes e arredores, para identificar possíveis riscos adicionais. Até o momento, não foram registradas outras vítimas.
Veja o vídeo do momento da explosão:
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal estão investigando o caso. Um inquérito já foi aberto e encaminhado ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. As atividades no Supremo e na Câmara dos Deputados foram suspensas até o meio-dia desta quinta-feira (14), enquanto o Senado decidiu cancelar seu expediente.
No momento do ocorrido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava no Palácio da Alvorada, residência oficial, e não no Planalto. Os prédios do STF passarão por varreduras completas para garantir a segurança. Testemunhas relataram momentos de pânico e estrondos que foram ouvidos em toda a região.