O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), exonerou duas autoridades estaduais após serem citadas na Operação Máximus, da Polícia Federal. Entre os exonerados estão Renato Jayme da Silva, presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), e Robson Moura Figueiredo, presidente do Instituto de Terras do Estado do Tocantins (Itertins). As exonerações foram registradas no Diário Oficial do Estado, nesta quarta-feira, 28, e ocorreram a pedido dos envolvidos. 

De acordo com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que autorizou a operação no último dia 23, Robson Figueiredo é suspeito de atuar como intermediador na compra da liberdade provisória de Bruno Teixeira da Cunha, condenado pelo homicídio do empresário Elvisley Costa de Lima. Já Renato Jayme é citado por supostas negociações fundiárias.

Substituição

Além de Jayme e Figueiredo, o procurador-geral do Estado e o superintendente do Procon Tocantins, também citados na operação, foram exonerados. A procuradora-geral Irana de Sousa Coêlho Aguiar assumirá interinamente o Itertins, enquanto Edvan de Jesus Silva, diretor de proteção e qualidade ambiental, ficará à frente do Naturatins.

Entenda a operação

A Operação Máximus, que investiga um suposto esquema de venda de sentenças judiciais, resultou na execução de 60 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Tocantins e em outros estados. A investigação, autorizada pelo STJ, resultou no afastamento do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto e do juiz José Maria Lima, ouvidor do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). A decisão aponta Helvécio como principal ligação entre os envolvidos no esquema, que é investigado pelos crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O Jornal Opção Tocantins entrou em contato com a assessoria do governo do Estado, e o espaço para manifestação sobre o caso segue aberto.