O premiado filme A Flor do Buriti, dos cineastas Renée Nader Messora e João Salaviza, chegou à Netflix neste domingo, 3, após ser exibido em diversos festivais de cinema nacionais e internacionais, conquistando 14 prêmios, incluindo o prestigiado prêmio de melhor elenco na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, na França.

“Crowrã”, como também é chamado, foi filmado ao longo de quinze meses em quatro aldeias da terra indígena Kraolândia, localizadas entre os municípios tocantinenses de Goiatins e Itacajá, e produzido por uma equipe composta por indígenas e não indígenas. A narrativa se constroi a partir de relatos históricos e diálogos com a comunidade, abordando tanto o cotidiano quanto a complexa realidade contemporânea dos povos originários no Brasil.

Além de Cannes, A Flor do Buriti foi premiado em festivais de grande prestígio, como o Festival de Munique (Cinevision Award), Festival de Lima (Prêmio Signis), Mar del Plata (Prêmio Apima de Melhor Filme Latino-Americano), Festival dei Popoli (Melhor Filme), Festival de Huelva (Prêmio Especial do Júri e Prêmio Melhor Filme Casa Iberoamérica), RIDM Montreal (Prêmio Especial do Júri), Biarritz, Viennale, e forumdoc.BH.

Sinopse

Em 1940, duas crianças do povo indígena Krahô encontram na escuridão da floresta um boi perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um brutal massacre, perpetrado pelos fazendeiros da região. Em 1969, os filhos dos sobreviventes são coagidos a integrar uma unidade militar, durante a Ditadura brasileira. Hoje, diante de velhas e novas ameaças, os Krahô continuam a caminhar sobre a sua terra sangrada, reinventando a cada dia infinitas formas de resistência.

Saiba mais: 

Crítica: “A Flor do Buriti” mostra as diversas lutas e tradições do povo Krahô