Homem é sentenciado a 20 anos de prisão pelo feminicídio de sua companheira

07 fevereiro 2024 às 13h36

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Durante a sessão do Tribunal do Júri realizada na terça-feira, 6, no Fórum de Formoso do Araguaia, o conselho de sentença acatou todas as teses apresentadas pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) contra Everso Silva Santos, acusado de assassinar sua então companheira, Joelita Alexandre de Carvalho. A pena imposta ao réu foi de 20 anos de reclusão, com cumprimento inicial em regime fechado. O crime ocorreu na madrugada de 5 de junho de 2022.
Durante a sessão, o promotor de Justiça André Henrique Oliveira Leite detalhou aos jurados as circunstâncias do crime. De acordo com o relato, Everso e a vítima mantinham um relacionamento tumultuado há cerca de três anos, caracterizado por constantes brigas, ameaças e um sentimento de posse por parte do réu. Na noite do incidente, o casal saiu para jantar em um rancho de Formoso do Araguaia, onde uma discussão teve início.
Joelita deixou o local a pé, caminhando pela estrada em direção à sua residência. Everso a alcançou e a convenceu a entrar no carro, sugerindo que seguissem juntos para casa. Contudo, ele parou em uma estrada vicinal, agrediu Joelita, estrangulando-a até causar sua morte. O corpo de Joelita foi abandonado na estrada, sendo confirmado o óbito por asfixia no laudo pericial. A vítima tinha 48 anos.
Diante dos fatos, o representante do Ministério Público argumentou perante os jurados a presença das qualificadoras de feminicídio, motivo torpe, asfixia e dissimulação, ou outro meio que dificultou a defesa da vítima. As teses foram integralmente acolhidas pelos jurados, resultando na aplicação da pena de 20 anos de reclusão ao condenado.