Morreu na noite deste domingo, 10, no Hospital Regional de Gurupi (HRG), Gilmar Sampaio da Silva, de 50 anos, diagnosticado com raiva humana. Residente de Alvorada, o paciente estava internado na unidade desde o dia 22 de outubro. A  Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) lamentou o falecimento e disse que Gilmar recebeu o suporte para seu quadro clínico. “Mas mesmo com todos os esforços da equipe multiprofissional, não resistiu, motivo pelo qual a SES-TO se solidariza e coloca-se à disposição dos familiares, neste momento de dor irreparável”, disse, em nota.

Conforme a SES, este é o único caso de raiva confirmado no Tocantins neste ano, sendo o anterior confirmado em 2017. Diante da confirmação da doença em Alvorada, a Secretaria de Estado da Saúde e a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) encaminharam equipes técnicas à cidade para avaliar a situação. Os profissionais voltaram na sexta-feira, 08 e nesta segunda, 11, trabalham na conclusão do relatório final da visita, que será divulgado posteriormente à população.

A raiva é uma doença viral grave e letal, com quase 100% de mortalidade, que afeta mamíferos, incluindo humanos, causando encefalite aguda. Causada pelo vírus Lyssavirus, sua prevenção é possível por meio de vacinação de humanos e animais, além de soro antirrábico e bloqueios de foco.

Sintomas iniciais incluem mal-estar, febre leve, anorexia, dor de cabeça, irritabilidade e, eventualmente, sintomas neurológicos próximos ao local da mordida.

A transmissão ocorre principalmente através de mordidas, arranhões ou lambidas de animais infectados, com maior frequência em cães, gatos e morcegos. O período de incubação varia, com média de 45 dias em humanos.

Complicações da raiva incluem febre alta, delírios, espasmos musculares, hidrofobia, e, eventualmente, paralisia e coma, culminando na morte entre 2 a 7 dias após o surgimento dos sintomas avançados.