A junta médica determinada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para avaliar o estado de saúde do prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), já foi realizada. A informação foi confirmada pela defesa do prefeito nesta segunda-feira, 7.

Segundo o advogado Juvenal Klayber, integrante da equipe de defesa, a junta médica foi nomeada na manhã de sábado, pouco tempo após a determinação do ministro na sexta-feira,4, à noite. “Eles receberam a determinação na sexta-feira à noite, no próprio sábado a junta foi nomeada, fizeram a perícia de todos os investigados, elaboraram o laudo e enviaram no mesmo dia para Brasília”, afirmou Klayber ao Jornal Opção Tocantins.

A equipe de defesa aguarda agora o acesso ao conteúdo do laudo, que será disponibilizado tanto para o Ministério Público quanto para os investigados. “Nós não tivemos acesso nem participamos da perícia realizada pelos médicos do comando da Polícia Militar”, completou o advogado.

A realização da junta médica antecede qualquer decisão sobre os pedidos de liberdade feitos pela defesa do prefeito. Eduardo Siqueira Campos está detido preventivamente desde o dia 27 de junho, no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, em Palmas.

A decisão do ministro Cristiano Zanin determinava que a junta médica fosse designada em até 48 horas, com prazo de até cinco dias para a elaboração do laudo, que deve subsidiar a análise dos pedidos de habeas corpus apresentados. Eduardo tem 66 anos e já apresentou quadros graves de saúde no passado, incluindo paralisia na face e em outras partes do corpo, o que motivou a solicitação da avaliação.

O caso segue sob sigilo e integra as investigações da Operação Sisamnes, conduzida pela Polícia Federal, que apura suposto vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tentativa de obstrução das investigações. Além do prefeito, foram presos o advogado Antônio Ianowich Filho e o policial civil Marco Augusto Albernaz.

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