O lavrador Wellington Avelino da Silva, de 22 anos, foi condenado a 39 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de homicídio, incêndio e tentativa de ocultação de cadáver. O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (29), na Comarca de Colinas do Tocantins.

Ele foi acusado pela morte de Cleane Aires Braga, de 27 anos, e Danilo Sousa Reis Santos, de 19, além de atear fogo nas casas das vítimas e tentar esconder o corpo de Cleane. Os crimes ocorreram em 23 de dezembro de 2023, no povoado de Peixelândia, zona rural de Couto Magalhães.

De acordo com o processo, os três envolvidos mantinham um relacionamento amoroso conturbado. Inconformado com a continuidade do envolvimento entre Cleane e Danilo, Wellington teria incendiado a casa da mulher e, também, a cama da residência do jovem, um dia antes do crime.

Na madrugada seguinte, ele invadiu a casa onde o casal estava e os esfaqueou. Danilo ainda conseguiu procurar ajuda na casa da irmã e apontou Wellington como o autor antes de morrer. Já o corpo de Cleane foi encontrado em uma fossa no quintal da residência.

Durante o julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu a culpa do réu pelos homicídios, mantendo as qualificadoras de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa, tanto no caso de Danilo quanto no de Cleane. No caso da mulher, os jurados também aceitaram a qualificadora de feminicídio. A acusação por ocultação de cadáver, no entanto, foi rejeitada.

O réu também foi condenado por dois crimes de incêndio, ambos praticados em imóveis habitados. A pena foi fixada pelo juiz José Carlos Ferreira Machado, que presidiu o júri.

A sentença inclui 16 anos de prisão pela morte de Cleane, 4 anos e 8 meses pelo incêndio na casa dela, 14 anos pela morte de Danilo e mais 4 anos e 8 meses pelo incêndio na casa dele. Como os crimes foram praticados de forma independente, as penas foram somadas, totalizando 39 anos e 5 meses de reclusão, em regime inicial fechado, além do pagamento de 32 dias-multa.

A prisão preventiva do réu foi mantida, e ele não poderá recorrer em liberdade. A defesa ainda pode apresentar recurso ao Tribunal de Justiça.