No Brasil, o ano de 2024 está se destacando como o mais seco já registrado em 74 anos, o que tem causado impactos no Cerrado tocantinense, afetando os níveis dos rios e aumentando a incidência de queimadas na região. Esta situação foi registrada pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), que realiza o monitoramento da seca desde 1950.

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) afirmou ter intensificado suas atividades para enfrentar os problemas de desmatamento e queimadas, que são agravados pela seca extrema. O MPTO atua em diversos casos, como a proteção de uma Área de Preservação Ambiental em Novo Acordo e a regularização ambiental de grandes propriedades rurais na região do Rio Galhão. 

MPTO concentra sua atuação nas áreas mais afetadas por desmatamento e queimadas, priorizando as regiões com maior impacto ambiental e as atividades de irrigação e expansão agrícola que contribuem para esses problemas. Atualmente, cerca de 1.900 procedimentos extrajudiciais relacionados a questões ambientais estão em andamento, com a maioria deles focada no Cerrado.

Além disso, o MPTO desenvolveu o Radar Ambiental, uma ferramenta online com painéis que monitoram o desmatamento e as queimadas, fornecendo dados essenciais para a proteção do bioma. 

Ranking de desmatamento do Cerrado

Nos últimos cinco anos, o Tocantins tem liderado o ranking nacional de desmatamento do Cerrado, com uma área total desmatada de 50.528,33 km², o que representa 16,23% do desmatamento acumulado do bioma nos últimos 22 anos. Em todo o Brasil, o desmatamento do Cerrado alcançou 936.910,87 km², conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Mapbiomas. Apesar desses números, o Tocantins ainda mantém 16,5% do Cerrado preservado no país.