Moradores do Tocantins viajam menos a lazer que a média nacional em 2024, aponta IBGE

02 outubro 2025 às 16h59

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Em 2024, os tocantinenses realizaram 166 mil viagens, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representando uma alta de 10,6% em relação a 2023, que somou 150 mil deslocamentos. Antes da pandemia de Covid-19, em 2019, o total de viagens realizadas pelos moradores do estado era de 199 mil. No país, o número de viagens nacionais chegou a 20,6 milhões em 2024.
Do total de viagens realizadas pelos tocantinenses, 139 mil tiveram finalidade pessoal, enquanto 28 mil foram motivadas por trabalho. Esse número corresponde ao maior registro de viagens a trabalho desde o início da série histórica, em 2019.
Proporcionalmente, o Tocantins apresentou o segundo maior percentual de domicílios com pelo menos um morador que realizou viagem, com 25,5% em 2024, ficando atrás apenas do Distrito Federal, que registrou 26,7%. O valor estadual superou a média brasileira, que foi de 19,3%.
De acordo com a Pnad, 41,2% das viagens dos moradores do Tocantins ocorreram devido a eventos familiares ou encontros com amigos. O segundo motivo mais frequente foi tratamento de saúde ou consulta médica, que representou 33,5% do total. Viagens a lazer responderam por apenas 20,0%, enquanto outras finalidades corresponderam a 5,3% das viagens no estado.
O percentual de deslocamentos por lazer no Tocantins foi metade do registrado nacionalmente, onde 39,8% viajaram com esse propósito, seguido por encontros com familiares ou amigos (32,2%) e tratamento de saúde (20,1%).
A pesquisa também investigou o gasto médio com pernoites durante as viagens nacionais. Em 2024, os tocantinenses destinaram, em média, R$ 1.669 por viagem. Entre os domicílios com renda per capita inferior a meio salário mínimo, o gasto médio foi de R$ 1.056.
Para aqueles com renda entre meio e um salário mínimo, o valor médio destinado às pernoites foi de R$ 572. Já os moradores com renda entre um e menos de dois salários mínimos gastaram, em média, R$ 1.033, enquanto os que recebiam entre dois e quatro salários mínimos registraram gasto médio de R$ 1.709. O grupo com maior poder aquisitivo, que recebe acima de quatro salários mínimos, apresentou o maior gasto médio, de R$ 4.720 por viagem.