Nas redes sociais, prefeito de Palmas diz que operação da PF não tem relação com seu mandato

O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), usou as redes sociais para comentar a ação da Polícia Federal realizada em sua residência na manhã desta sexta-feira, 30. Em vídeo publicado em suas redes sociais, ele destacou que o dia é especial para ele e sua família, pois seu filho Gabriel completaria 26 anos, mas também aproveitou para esclarecer os motivos da operação.

Ele relatou que, apesar de não ter agenda para o dia — pois costuma passar essa data junto com familiares — foi surpreendido pela visita dos agentes da PF, que “foram muito educados, muito profissionais” e ficaram cerca de uma hora em sua casa. Segundo o prefeito, nenhum documento foi levado, e nada ilegal foi encontrado, sendo levado apenas o celular dele e o da sua esposa, Polyanna Siqueira.

Eduardo explicou que a investigação é motivada por um suposto vazamento de informações, que estaria ligado à indicação do seu advogado, “que é meu advogado há mais de 10 anos, pago, de uma única conta que eu tenho no Banco do Brasil,” para o sobrinho do governador. Sobre isso, ele afirmou: “E daí, surgiu essa investigação se teria havido algum vazamento de informação.”

O prefeito negou veementemente possuir qualquer informação privilegiada e disse que, se tivesse, saberia antecipadamente sobre a operação. “Eu não tenho nenhuma informação privilegiada, até porque se tivesse eu possivelmente saberia que teria alguma operação hoje.”

Finalizando o vídeo, Eduardo afirmou: “Sou esse cidadão que vocês conhecem. Vou continuar filho da prefeitura de Palmas, tranquilo. Tenho minhas inaugurações, fico firme hoje. Agora, trabalhando determinadamente em memória do meu filho, do meu pai e com a confiança do povo de Palmas, eu tenho certeza.”

Operação Sisamnes

Eduardo Siqueira Campos, foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 30, que cumpriu mandados de busca e apreensão em três locais da capital: sua residência, a prefeitura e o presídio onde está detido Thiago Barbosa, sobrinho do governador. A operação, denominada Sisamnes, está em sua nona fase e foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin.

Confira a nota do prefeito na íntegra

Primeiramente, o  prefeito Eduardo Siqueira Campos esclarece que a busca e apreensão de que foi alvo, nesta sexta-feira, 30, não tem qualquer relação com atos da sua gestão à frente da Prefeitura de Palmas, tampouco com seus mandatos anteriores.

A Operação Sisamnes investiga o vazamento de informações sigilosas de demais Operações Judiciais, que envolvem terceiros.

Eduardo Siqueira Campos esclarece que não é alvo das investigações que tiveram informações vazadas e que não mantém fontes privilegiadas em tribunais ou em qualquer outra instância do Poder Judiciário.

Os diálogos divulgados pela imprensa são parte de conversas informais com Thiago Marcos Barbosa, que o procurou buscando orientações e a indicação de um advogado para constituir defesa no processo em que responde.

O prefeito Eduardo Siqueira Campos afirma que ter indicado um advogado para Thiago, por si só, não configura qualquer tipo de vazamento de informação privilegiada e nem representa conduta contrária à legislação vigente.  Além disso,  esclarece ter conversado sobre informações (que supostamente haviam sido vazadas), e que este fato não pode imputar à Eduardo a autoria ou  responsabilidade pelo vazamento das mesmas. Depois de vazadas, certas informações ganham o mundo e viram alvo de comentários de todo o meio político.

O Prefeito de Palmas coloca-se à disposição para quaisquer demais esclarecimentos e aguarda que os verdadeiros responsáveis por vazamento de informações sigilosas e tentativas de obstrução de justiça, caso tenham  ocorrido, sejam responsavelmente investigados, descobertos e revelados.