Número de mortes por dengue no Tocantins aumentou 75% em 2024, diz Ministério da Saúde
06 janeiro 2025 às 15h27
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Em 2024, sete mortes por dengue foram registradas no Tocantins. O número é 75% maior que o informado em 2023, quando quatro pessoas morreram por complicações decorrentes da doença. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, alimentado pelo Ministério da Saúde.
O painel informou que no ano passado, 4.813 casos prováveis de dengue foram notificados no sistema. Em 2023, o total de casos prováveis foi de 3.246. O aumento em relação aos dois anos é de 48,27%. Em 2024, o coeficiente de incidência foi de 318,4. Isto é, para cada 100 mil habitantes do Tocantins, 318,4 pessoas tinham chances de ter a doença. A letalidade dos casos prováveis foi de 0,15 habitante para cada 100 mil.
Dos casos prováveis, 54% das botificaççies eram pacientes do sexo femninino e 46 do sexo masculino. Em relação a cor, 79,6% da população que teve dengue era parda, 10,6% branca, 5,4% preta, 3,2% não informou cor, 0,9% era amarela e 0,2% indígena.
A doença
A dengue é uma arbovirose causada pelo vírus DENV, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, com quatro sorotipos conhecidos. No Brasil, a primeira epidemia ocorreu em 1981-1982. Fatores como urbanização desordenada e saneamento precário favorecem a transmissão, que apresenta padrão sazonal, aumentando entre outubro e maio.
Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares, articulares e prostração. Casos graves podem surgir após o período febril, com sinais de alarme como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, hipotensão e hemorragias. Pessoas com doenças crônicas, grávidas, idosos e crianças têm maior risco de complicações.
A transmissão ocorre principalmente pela picada do mosquito infectado. O diagnóstico é clínico, apoiado por exames laboratoriais, e o tratamento se baseia na reposição de líquidos e cuidados médicos. Em dezembro de 2023, a vacina contra a dengue foi incorporada ao SUS, mas o controle do mosquito continua essencial. Medidas preventivas incluem uso de repelentes, telas, eliminação de criadouros e vedação de reservatórios. Ações preventivas são mais eficazes fora do período epidêmico (com informações do Ministério da Saúde).