Pagamento de dinheiro esquecido do PIS/Pasep começa nesta sexta-feira, 28

A partir desta sexta-feira (28), trabalhadores que possuem dinheiro esquecido no antigo fundo PIS/Pasep poderão realizar o saque dos valores. Inicialmente, a liberação será para aqueles que solicitaram o resgate até o dia 28 de fevereiro.

O fundo PIS/Pasep foi utilizado entre 1971 e 1988 para complementar a renda de trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos. Ele é diferente do abono salarial pago atualmente. Estima-se que mais de 10 milhões de brasileiros tenham um total de R$ 26,3 bilhões esquecidos nesse fundo, com saldo médio de R$ 2,8 mil por pessoa, variando conforme o tempo de trabalho e o salário da época. Os valores foram corrigidos pela inflação.

Como consultar os valores

Os trabalhadores podem verificar se possuem valores a receber pelo site Repis Cidadão, criado pelo Ministério da Fazenda, ou pelo aplicativo do FGTS. Para realizar a consulta:

1. Acesse repiscidadao.fazenda.gov.br;
2. Clique em “Entrar com gov.br” e faça login com CPF e senha;
3. Informe o NIS (Número de Identificação Social);
4. Clique em “Pesquisar” para verificar se tem valores a receber.

Caso tenha dinheiro disponível, o site fornecerá as orientações para o saque, incluindo procedimentos específicos para herdeiros de beneficiários falecidos. Os pedidos devem ser feitos até setembro de 2028, pois após esse prazo os valores serão incorporados ao Tesouro Nacional e não poderão mais ser resgatados.

Calendário de pagamentos

Os pagamentos serão realizados em 11 etapas, conforme a data de solicitação do saque:

Como solicitar o saque

Os pedidos de ressarcimento podem ser feitos presencialmente em uma agência da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do FGTS. No app, basta acessar a opção “Ressarcimento PIS/Pasep” e seguir as instruções.

Os documentos exigidos variam conforme a situação:

• Para o próprio beneficiário: documento de identidade oficial.
• Para herdeiros: certidão do PIS/PASEP/FGTS emitida pela Previdência Social, declaração de dependentes habilitados ou autorização judicial/escritura pública assinada por todos os sucessores.

Fundo PIS/Pasep

Criado nos anos 1970, o Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) tinham como objetivo formar uma poupança para trabalhadores do setor privado e servidores públicos. Em 1975, os recursos foram unificados no Fundo PIS-Pasep, que permaneceu ativo até 1988, quando foi substituído pelo abono salarial atual.

Em 2020, as cotas não sacadas foram transferidas para o FGTS e, em 2023, passaram para uma conta única do Tesouro Nacional. Desde então, a Caixa Econômica Federal disponibilizou os valores para resgate pelos beneficiários ou herdeiros.

O abono salarial atual, que é diferente desse fundo, continua sendo pago anualmente para trabalhadores que atendem aos requisitos do programa.