O Mapa da Desigualdade, do Instituto Cidades Sustentáveis, realizado com todas as capitais brasileiras, mostra que Palmas é a quarta capital do país com menos desigualdade social. A cidade ficou atrás de outras historicamente bem desenvolvidas como Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG) e à frente, na ordem, de São Paulo (SP), Vitória (ES), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO). Confira o estudo completo.

O levantamento considera 40 indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) que cobrem diversas áreas de atuação da administração pública, como saúde, educação, segurança pública, mobilidade, infraestrutura urbana e várias outras que dizem respeito ao cotidiano das pessoas.

Conforme o levantamento, Palmas ficou em primeiro lugar no ranking dos indicadores do percentual escolas do ensino fundamental com acesso à internet; taxa de distorção idade-série nos anos finais do Ensino Fundamental (negros/não negros); número de domicílios com acesso à energia elétrica; razão do rendimento médio real (negros/não negros); e quantidade de equipamentos esportivos para cada 100 mil habitantes.

Há outros tópicos bem colocados, entre a 2ª e a 6ª posição como cobertura vacinal; Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) – anos iniciais; baixo percentual de pessoas sem instrução e fundamental incompleto ou equivalente; presença de vereadoras na Câmara Municipal; índice de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado; taxa de desocupação; população atendida com serviço de água; investimento público em infraestrutura por habitante; esgoto tratado antes de chegar ao mar, rios e córregos e taxa de áreas florestadas e naturais.

No X, ex-Twitter, a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) comentou a colocação.

Na @Globonews, estudo do @cidsustentaveis coloca Palmas em 4º lugar entre as capitais com menor desigualdade social. Os jornalistas classificaram Palmas como um “ponto fora da curva”, onde capitais enfrentam desafios em renda, saúde e segurança. Política pública eficiente. Feliz!

Apesar de ser a quarta capital menos desigual do país, alguns índices não andam bem. Caso do índice de mortes no trânsito (26ª colocada); recuperação de resíduos sólidos urbanos coletados seletivamente (25ª); razão entre a taxa de realização de afazeres domésticos de mulheres e homens (20ª); e taxa de feminicídio para cada 100 mil mulheres (20ª).

Realidade brasileira

Segundo o Instituto Cidades Sustentáveis, as capitais brasileiras desempenham um papel central nas relações políticas, econômicas e sociais do país, concentrando grande parte do fluxo de bens e serviços. A entidade afirma que elas são espaços decisivos de tomada de decisão e organização espacial da sociedade, indo além de sua função no pacto federativo. Apesar de sua diversidade, refletem as desigualdades e riquezas do Brasil.

Para o Instituto, um estudo comparativo entre as capitais destaca discrepâncias em áreas como saúde, educação e infraestrutura urbana, ressaltando a necessidade de políticas públicas inclusivas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. “Esses dados instigam reflexões e evidenciam a importância de abordagens mais profundas para enfrentar as desigualdades e promover cidades mais justas e humanas em um país de dimensões continentais como o Brasil, sendo as capitais agentes-chave nesse processo”, descreve.

Método

O Mapa da Desigualdade entre as capitais brasileiras utiliza indicadores municipais para identificar a oferta de serviços públicos, visando orientar a tomada de decisão e promover intervenções urbanas que atendam às necessidades locais. São 40 indicadores selecionados a partir de bases como o Programa Cidades Sustentáveis e dados nacionais, abrangendo áreas como educação, saúde e assistência social. Alguns indicadores são desagregados por cor e gênero para destacar desigualdades. A metodologia calcula o quociente de desigualdade, comparando os extremos de cada indicador.