A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-secretário da Prefeitura de Palmas, Edmilson Vieira das Virgens, por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Sua detenção em agosto ocorreu após a descoberta de R$ 3,6 milhões em bolsas e caixas em seu apartamento, conforme revelado pelo relatório conclusivo da investigação policial em dezembro.

Juntamente com Edmilson, foram indiciados por crimes semelhantes Marco Antônio Silva Santos, primo do ex-secretário, e Ernando Laguna da Fontoura, identificado como o suposto operador do esquema. Embora tenha sido inicialmente preso, Edmilson foi liberado mediante o pagamento de uma fiança no valor de R$ 100 mil e atualmente enfrenta o processo em liberdade.

Conforme o relatório, as apurações revelaram indícios de lavagem de dinheiro relacionados aos R$ 3,6 milhões e a cerca de quatro quilos de ouro encontrados no apartamento, levantando suspeitas de corrupção como origem desses recursos. Além disso, a polícia identificou ocultação de patrimônio referente à locação do próprio apartamento, registrado em nome de Marco Antônio, mas supostamente custeado por Edmilson.

O relatório destaca que Edmilson utilizava as contas bancárias de seu primo e de Ernando Laguna para realizar transferências financeiras. Este último é apontado como operador do esquema, tendo suas impressões digitais encontradas nos pacotes de dinheiro apreendidos. Outros indícios de lavagem de dinheiro incluem a aquisição de um terreno em Palmas, onde Edmilson teria utilizado seu primo como intermediário.

O caso também está relacionado a contratos da Prefeitura de Palmas para transporte escolar e compra de kits pedagógicos, sendo descoberto durante duas operações policiais. A compra do terreno, realizada três dias antes de Edmilson assinar um decreto aprovando a construção de um loteamento na região, levanta questionamentos adicionais sobre possível irregularidade.