PF investiga compra e venda de decisões na Justiça do Tocantins; 60 mandados são cumpridos
23 agosto 2024 às 07h30
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 23, a Operação Máximus, com o objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa no sistema judiciário do Tocantins. Magistrados, procuradores do Estado, dirigentes de órgãos públicos do Executivo e advogados também são alvos das buscas.
Nesta manhã, a PF encontra-se na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) e também no Fórum de Palmas. O Jornal Opção Tocantins está em contato com o TJTO, governo do Estado, Ministério Público do Tocantins (MPTO) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-TO) para que os órgãos se posicionem a respeito.
Agentes da PF estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados de Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Entre os alvos estão o desembargador aposentado do TJTO, José de Moura Filho, e outros membros da Corte.
Além disso, foram aplicadas medidas cautelares, como o afastamento de cargos públicos e o bloqueio de bens, direitos e valores dos suspeitos.
As investigações focam em alegadas negociações para a compra e venda de decisões judiciais e ações voltadas à lavagem de dinheiro proveniente dessas atividades ilícitas.
O nome da operação faz alusão ao personagem do filme “Gladiador” (Máximus), que enfrentou a corrupção nas esferas de poder do Império Romano.