PM manifesta preocupação com imparcialidade de investigação sobre assassinato no Aureny III, em Palmas
17 outubro 2024 às 15h32
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A Polícia Militar do Tocantins (PMTO) disse estar preocupada com a imparcialidade da investigação conduzida pela Polícia Civil, que apura a execução de Jaimeson Alves da Rocha, ocorrida em junho de 2024 no bairro Aureny III, em Palmas. Embora diga que tem compromisso com a transparência e colaboração no processo investigativo, a PM destacou que a conduta de algumas autoridades envolvidas no inquérito pode comprometer a seriedade das apurações. Confira a nota ao final do texto.
A execução de Rocha, suspeito de crimes como tráfico de drogas e roubo, teria ocorrido após uma operação da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam). As investigações sugerem que o crime foi planejado e que a troca de tiros alegada pelos policiais teria sido forjada para justificar o homicídio, que pode ter feito parte de um “ritual de batismo” para novos membros da Rotam.
A Polícia Militar lamentou o cumprimento de mandados de busca e apreensão no Quartel do Batalhão de Polícia de Choque (BPCHOQUE), argumentando que os policiais investigados já haviam entregue suas armas e prestado depoimentos no momento da ocorrência. Apesar disso, a Instituição reafirma seu compromisso com a legalidade e a ética, comprometendo-se a colaborar com todas as etapas da investigação.
A PM, em nota anterior, também repudiou especulações sem provas que possam enfraquecer a segurança pública e defendeu uma condução justa e imparcial do inquérito, garantindo que continuará à disposição da Justiça para o cumprimento das medidas necessárias.
Confira o que diz a PM
A Polícia Militar do Tocantins, por meio desta, vem esclarecer que a Instituição respeita as investigações em curso e apoia a apuração ilibada dos fatos sobre a ocorrência que culminou na morte de um indivíduo com extensa ficha criminal em uma oficina de motocicletas da capital. A PMTO está comprometida com a apuração transparente e justa dos fatos.
No entanto, a Instituição manifesta preocupação com a condução de certos aspectos do inquérito, observando que manifestações de opinião pessoal por parte da autoridade responsável podem comprometer a imparcialidade e a seriedade da investigação, além de gerar interpretações equivocadas que enfraquecem a segurança pública e favorecem o crime.
A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a legalidade, ética e defesa da ordem pública no estado. A Instituição permanece à disposição para cumprir todas as medidas judiciais que se fizerem necessárias, sempre em estrito respeito às normas legais e constitucionais.