Nesta terça-feira, 27, as Polícias Civis do Tocantins e do Maranhão conduziram conjuntamente a Operação Crypto Fall na cidade de Porto Franco (MA), cumprindo três mandados de prisão contra um homem identificado como G.R.S., de 36 anos. Ele é acusado de ser o cérebro por trás de um grupo criminoso que realizava roubos com privação de liberdade e extorsão no Tocantins. Além disso, ele é suspeito de envolvimento em três assaltos a banco realizados entre 2023 e 2024 no Maranhão. Sua esposa, que é advogada, também foi detida por participação na organização criminosa liderada por ele.

A operação contou com a participação de policiais civis das 1ª e 6ª Divisões Especializadas de Repressão ao Crime Organizado (DEICs de Palmas e Paraíso), da Superintendência Estadual de Investigações Criminais do Maranhão (Seic-MA) e do Grupo de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil do Tocantins (GOTE).

O delegado responsável pelo caso, Antonio Onofre Oliveira da Silva Filho, informou que dois dos mandados de prisão foram emitidos pelo Estado do Maranhão, enquanto o terceiro foi expedido pela Justiça do Tocantins, em relação a crimes investigados pela 1ª DEIC, como roubo com restrição de liberdade, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

“Ele era o mentor, selecionava e levantava informações das possíveis vítimas para o grupo executar as extorsões. O grupo sequestra a família, obrigava as vítimas a fazerem transferências bancárias para uma conta em nome de terceiros, e em seguida,  os valores subtraídos eram utilizados para adquirir cripto ativos  com o intuito de ocultar a origem e destinação criminosa do dinheiro. Foram identificadas suspeitas de envolvimento da organização criminosa em pelo menos oito roubos e extorsões. Ele, juntamente com a mulher, operacionaliza transações financeiras, sendo os beneficiários finais dos valores. Além disso, a esposa, que é advogada, dava suporte jurídico ao esposo, possuindo participação efetiva nas atividades criminosas”, salientou o delegado.

No decorrer da operação, foram apreendidos com o casal: um fuzil calibre .762; munições de calibres .762 e .50; uma pistola calibre 9mm; explosivos; uma quantia significativa de dinheiro, possivelmente obtida em recentes assaltos a banco; uma caminhonete utilizada nos crimes; e equipamentos eletrônicos. Todo esse material passará por perícia para verificar sua origem e auxiliar nas investigações em andamento.

“O indivíduo é considerado de alta periculosidade para a segurança pública, pois já havia fugido do sistema penal, escapando da prisão em Imperatriz no ano de 2019. Ele é líder de uma quadrilha responsável por um assalto a banco na cidade de Sítio Novo (MA) em 2023 e é suspeito de outros roubos a banco em Fortaleza dos Nogueiras (MA) e Amarante do Maranhão, crimes que foram cometidos na modalidade de domínio de cidades, conhecida como ‘novo cangaço’”, enfatizou.

Além disso, investigações conduzidas pela 1ª DEIC revelaram que ele foi o responsável por roubos e extorsões em Palmas, Paraíso e outras cidades próximas, entre o final de 2023 e o início de 2024. Também foi descoberto que ele esteve envolvido recentemente em assaltos a banco no Maranhão e tinha planos de realizar outros no Tocantins. Ele é considerado extremamente perigoso, com um extenso histórico criminal e posse de armamento pesado.

Após a prisão, o casal foi levado à Delegacia de Imperatriz e, posteriormente, transferido para unidades do Sistema Penal do Maranhão.