O prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), recebeu alta hospitalar nesta sexta-feira (11) e seguirá em prisão domiciliar, conforme autorização do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida substitui a prisão preventiva por razões médicas e humanitárias, mas mantém o afastamento do cargo e as demais restrições já impostas pela Justiça.

Na madrugada de terça-feira (8), por volta de 2h30, Siqueira Campos foi levado ao Hospital Geral de Palmas (HGP) após sentir dores intensas no peito. O boletim médico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) confirmou o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio.

Siqueira Campos permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para observação sob cuidados de equipe médica especializada em cardiologia e clínica médica. Conforme o último boletim médico divulgado, a recuperação de Eduardo foi bem sucedida: ”O paciente apresentou boa resposta ao tratamento instituído e evolução clínica favorável durante o período de internação.Diante da estabilidade do quadro, da recuperação satisfatória e considerando as condições adequadas para continuidade do reestabelecimento em ambiente domiciliar, o paciente recebeu alta hospitalar.”

Prisão domiciliar e investigação

A substituição da prisão preventiva pela domiciliar foi determinada pelo ministro Cristiano Zanin após laudo médico apontar que o local de custódia anterior, o Comando-Geral da Polícia Militar do Tocantins, não oferecia estrutura adequada para o tratamento pós-cirúrgico. Mesmo em casa, o prefeito afastado permanece proibido de manter contato com outros investigados, deixar o país ou reassumir a função pública.

Eduardo Siqueira Campos foi preso no último dia 27 de junho, na 10ª fase da Operação Sisamnes, que investiga um suposto esquema de vazamento de informações sigilosas e venda de decisões judiciais envolvendo tribunais do Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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