Durante o mês de novembro, foram capturados 8.114 ovos do mosquito Aedes Aegypti, através de 272 ovitrampas distribuídas pelas residências de Palmas. As armadilhas foram instaladas mensalmente pelos agentes de combate às endemias (ACEs), habilitados pela equipe da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ).

O mecanismo de captura consiste em um recipiente preto, semelhante a um vaso, e uma palheta de madeira, onde é adicionado uma mistura de água e levedura de cerveja para atrair a fêmea do mosquito a depositar os ovos neste material. 

Segundo a gestão municipal, os materiais foram instalados para a  Secretaria Municipal de Saúde (Semus) monitorar e avaliar o nível de infestação do mosquito, para assim mapear criadouros e definir ações de combate.

As armadilhas foram distribuídas em várias quadras e setores das regiões norte, central e sul da Capital, devido ao comportamento de sobrevivência da fêmea em depositar os ovos em locais diferentes para maior reprodução, ressalta a bióloga da Semus Ocleia de Sousa Rodrigues. “A fêmea distribui seus ovos em criadouros diferentes para aumentar as chances de continuidade da espécie”.

De acordo a prefeitura, o monitoramento está sendo realizado desde 2024 e a vigilância é importante para reconhecer áreas com maior probabilidade de proliferação. A gestão informa que enquanto algumas palhetas apresentaram zero ovos, outras ultrapassaram 100 e, em períodos de chuvas, já foram registrados pontos com mais de 300 ovos em uma única palheta. Eles reforçam ainda que essa variação destaca a importância do estudo para identificar áreas com maior risco de transmissão das arboviroses, que correspondem principalmente a residências.

*Mireia Carvalho cumpre estágio obrigatório por meio do convênio firmado entre o Jornal Opção e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob supervisão de Elâine Jardim.