Nesta quinta-feira, 10, a Polícia Civil do Tocantins (PC/TO), por meio da 46ª Delegacia de Polícia de Presidente Kennedy e com o apoio da 5ª Divisão de Combate ao Crime Organizado de Guaraí (DEIC), realizou a operação Apate, que culminou na prisão de uma mulher de 26 anos, identificada pelas iniciais M.P.D., acusada de cometer mais de 20 crimes de estelionato.

A operação foi realizada para cumprir o mandado de prisão preventiva da suspeita, acusada de aplicar diversos golpes, incluindo fraudes contra pais de alunos de uma creche municipal e colegas de trabalho. Segundo o delegado Anderson Alves, comandante da operação, a investigação teve início dois meses atrás, após uma vítima denunciar que estava sendo cobrada por um empréstimo de R$15 mil, realizado em seu nome por uma instituição financeira. “Com o avanço das investigações, mais de 20 vítimas foram identificadas e a autoria dos crimes foi confirmada”, afirmou o delegado.

A investigada, que era servidora pública contratada, atuava em uma escola de Presidente Kennedy, cidade localizada a 242 km de Palmas. Ela convencia os pais dos alunos de que era necessário atualizar o cadastro das crianças, solicitando selfies e documentos pessoais. As vítimas, confiando na função pública da suspeita, entregavam os documentos. Com essas informações, ela abria contas digitais e realizava empréstimos em nome das vítimas, causando um prejuízo superior a R$100 mil.

“A investigação revelou que, em alguns casos, a autora ia até a casa das vítimas para tirar as selfies, usando o celular da própria instituição para dar credibilidade à fraude”, explicou o delegado. Durante o interrogatório, a mulher confessou que utilizava o dinheiro dos empréstimos para jogar em cassinos online e roletas russas, afirmando que já havia perdido a casa e o carro em apostas como estas.

Após os procedimentos legais na 7ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Guaraí, a suspeita foi encaminhada à Unidade Penal Feminina, onde permanece à disposição da Justiça. “A Polícia Civil agiu rapidamente para identificar e prender a autora, interrompendo os golpes e esclarecendo os crimes, conforme prevê a lei”, concluiu o delegado.