Embora receba a medida do auxílio alimentação no valor de R$ 300,00 como positiva, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe-TO), Elizeu Oliveira, diz que atende em parte as propostas que a entidade enviou, que propunha um valor de R$ 900,00 para os servidores do Quadro Geral, Naturatins, Ruraltins e administrativos da Sefaz. Uma das propostas é datada de 16 de novembro último e a cópia circulou em grupos de whattsapp.

“Nós vínhamos cobrando o governo do estado para implantar este auxílio porque a defasagem salarial dos servidores é muito grande. Nós fizemos vários pedidos semelhantes e solicitamos o valor de R$ 900,00 e explicamos que isso não impacta na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) porque não incide como salário. Na semana passada chegamos a reduzir o valor para ver se o governo se sensibilizava e autorizava. Acabou autorizando valor menor, mas já é um começo”, comenta o presidente do Sisepe-TO.

Cortina de fumaça

Elizeu Oliveira alerta, entretanto, que esta medida neste momento pode ter sido anunciada como uma estratégia para amenizar os impactos da reforma da previdência que o governo deve enviar nos próximos dias, ou até nas próximas horas. Ele diz que ele e os presidentes de outros sindicatos estão preocupados com o momento em que esta proposta chega. “Não há dúvidas que devemos comemorar qualquer medida que beneficie os servidores, embora somente parte dos efetivos fará jus ao benefício do auxílio alimentação. Nós estamos preocupados que seja uma cortina de fumaça para encobrir a PEC da Previdência, que vai prejudicar um número muito maior de servidores e não queremos que isso aconteça”, frisou.