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O encaminhamento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da Educação à Assembleia Legislativa, anunciado nesta quarta-feira,15, pelo governador interino Laurez Moreira (PSD), foi recebido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) como um passo importante, mas ainda não motivo de comemoração.

Em entrevista ao Jornal Opção Tocantins, o presidente do Sintet, José Roque, afirmou que o momento representa “um sentimento de encaminhamento”, mas ponderou que a verdadeira vitória só será consolidada com a aprovação e implantação efetiva do plano.

“Hoje é o sentimento de encaminhamento. A vitória a gente vai ver na aprovação. Que o PCCR seja dialogado com a categoria e tenha a versão do trabalhador e da trabalhadora”, declarou.

Roque destacou que o sindicato vê o envio do projeto como uma conquista parcial, após meses de mobilização da categoria, mas que a luta deve continuar. “É um momento de vitória, enfim, na primeira fase do andamento. Mas a vitória se confirmará na assinatura do governo e na implantação do projeto. Aí, sim, será a vitória”, afirmou. O governador interino prometeu iniciar o pagamento dos ajustes do plano ainda este ano e disse que está revendo despesas desnecessárias para garantir os recursos.

Críticas à gestão de Palmas

Na mesma entrevista, o presidente do Sintet também fez críticas à Prefeitura de Palmas, que, segundo ele, está “em débito com a educação” e mantém um diálogo insuficiente com os servidores. “O debate é pequeno, não tem fluído a contento da proposta que os trabalhadores necessitam neste momento”, afirmou.

Roque alertou que, se o município continuar sem pagar a data-base desde 2024, o sindicato poderá deflagrar uma nova greve. “Há previsão, sim, de paralisação, porque estamos deixando o governo alongar essa situação, e depois fica difícil recompor. O governo precisa atender o que já está definido, inclusive pelo Judiciário”, disse.

O Sintet aguarda agora a tramitação do PCCR na Aleto e deve acompanhar de perto o andamento do projeto.