Após participar de audiência de custódia no domingo, 23, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve sua prisão preventiva confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. A decisão permanece válida mesmo após os pedidos da defesa por alternativas menos rigorosas.

Segundo os autos, a conversão da prisão domiciliar em preventiva ocorreu a partir da avaliação de que há risco concreto à ordem pública e à instrução processual, além de indícios de que medidas cautelares anteriores teriam sido descumpridas.

Na audiência, os advogados solicitaram a substituição da preventiva por prisão domiciliar ou outras cautelares, citando questões de saúde e restrições impostas pelo atual regime. O relator entendeu que as justificativas não afastam os fundamentos da prisão preventiva, especialmente o receio de reiteração de condutas e de interferência na aplicação da justiça.

Com a decisão, Bolsonaro permanece sob privação de liberdade até novas deliberações ou análise de recursos pelo STF ou demais instâncias. O quadro político e jurídico segue acompanhado de perto devido à relevância pública do caso.

Fontes ligadas ao processo afirmam que a acusação aponta descumprimentos reiterados das cautelares, como a proibição de uso de redes sociais e de contato com investigados, motivando a mudança de regime. A defesa refuta a gravidade dessas condutas e aponta possíveis impactos institucionais da decisão.

O processo segue em andamento, com prazo aberto para recurso no STF e possibilidade de reavaliação das medidas cautelares conforme o avanço das etapas processuais.