O Tocantins continua com status sanitário controlado no setor avícola, após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar que não há circulação dos vírus H5N1 e H7N9 – variantes de alta patogenicidade da Influenza Aviária – nem da Doença de Newcastle no plantel do estado. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 28, após a conclusão de exames laboratoriais realizados com amostras coletadas em um abatedouro de aves no município de Aguiarnópolis.

A investigação, conduzida pela Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), teve início após técnicos do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) identificarem sete aves com sintomas respiratórios e neurológicos em um lote de 40 mil animais. O material foi encaminhado ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas (SP), e o laudo preliminar afastou os vírus de alta patogenicidade. Em seu lugar, foi detectada uma cepa do tipo influenza A de baixa patogenicidade – uma versão menos agressiva do vírus, que não representa risco à saúde humana nem ao consumo de carne ou ovos.

“O número de animais doentes, os sintomas e os achados da necrópsia batem com o laudo preliminar. Foi uma detecção precoce, graças à eficiência da equipe de inspeção”, informou a Adapec em nota publicada no último dia 19.

Com base no resultado final, a propriedade será desinterditada, e as carcaças que estavam isoladas no abatedouro estão liberadas para o consumo. “Esse resultado nos tranquiliza e comprova a qualidade do nosso sistema de vigilância, garantindo segurança ao setor produtivo e ao consumidor”, ressaltou o presidente da Adapec, Paulo Lima. Ele destacou ainda que a agilidade da equipe técnica na coleta e envio das amostras ao laboratório, em menos de 48 horas, foi crucial para esclarecer o caso com rapidez.

De acordo com o gerente de sanidade animal da Adapec, Sérgio Liocádio, o caso está encerrado dentro dos trâmites sanitários, mas a vigilância no estado foi ampliada. “Estamos intensificando a fiscalização em granjas comerciais, criações de subsistência e até em rotas de aves migratórias. Continuamos com vigilância ativa, estudos sorológicos, inspeções diárias nas indústrias e orientação constante aos produtores”, afirmou.