Há pouco mais de dois meses do começo da estiagem, o Tocantins é o quarto estado brasileiro com mais registros de queimadas em 2024, com 3.219 focos de calor registrados de 1º de janeiro até esta segunda-feira, 24 de junho, segundo dados da plataforma BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O valor corresponde a 9,6% de toda área que sofre queimadas no país. 

A plataforma aponta que o primeiro lugar é ocupado pelo estado de Mato Grosso, que teve 8.175 focos de queimada no período. O segundo do ranking é o estado de Roraima, com 4.267 focos. E o terceiro é Mato Grosso do Sul, com 3.744 focos. 

No Tocantins, os municípios que mais sofreram com as queimadas nesse período são Pium (298 focos) – o 16º do país, Mateiros (253 focos), Lagoa da Confusão (222 focos), Tocantínia (171 focos) e Rio Sono (115 focos). A última semana, de 17 a 23 de junho, foi a que mais teve registros no estado, com 479 focos. 

As unidades estaduais tocantinenses de conservação com mais focos são, na ordem: Área de Proteção Ambiental (APA) da Ilha do Bananal/Parque do Cantão (170 focos), Parque Estadual do Jalapão (41 focos), APA do Jalapão (39 focos), APA do Lago de Palmas (7 focos) e a APA da Serra do Lajeado (7 focos). 

Já os Parques Nacionais (Parna) com mais focos são Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (234 focos), Parna Araguaia (145 focos), Parna Nascentes do Rio Parnaíba (18 focos). 

Terras indígenas também tiveram registro de queimadas. As que a plataforma mais teve informações de focos foram a TI Xerente (140 focos), TI Parque do Araguaia (109 focos), TI Inawebohona (78 focos), TI Kraholândia (74 focos) e TI Utaria (66 focos). 

Sobre a plataforma

O BDQueimadas é um projeto integrante do Programa Cerrado, uma iniciativa de cooperação entre os governos do Brasil e do Reino Unido, com apoio do Banco Mundial. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio de sua Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ), é o responsável pela coordenação geral do programa. O objetivo da iniciativa é contribuir para a mitigação da mudança do clima e para melhoria da gestão de recursos naturais no bioma Cerrado por meio do aprimoramento de políticas públicas e de práticas de produtores rurais.