Tocantins registra 92 notificações de sarampo, com maior incidência em Campos Lindos e Palmas

O Tocantins notificou até a manhã desta sexta-feira, 19, um total de 92 casos de sarampo, com concentrações maiores em Campos Lindos, que registrou 24 notificações, e Palmas, com 40 casos. Outros municípios com registros incluem Porto Nacional (6), Nova Olinda (1), Araguaína (11), Gurupi (4), Filadélfia (1), Oliveira de Fátima (1), Recursolândia (1), Buriti (1), Carmolândia (1) e Brejinho de Nazaré (1).

Dos casos notificados, 23 foram confirmados em Campos Lindos, 65 descartados (um em Campos Lindos, seis em Porto Nacional, 38 em Palmas, 11 em Araguaína, um em Filadélfia, um em Nova Olinda, quatro em Gurupi, um em Buriti, um em Oliveira de Fátima e um em Carmolândia) e quatro permanecem sob investigação.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), todos os casos possuem histórico de contato com pessoas que viajaram a países onde o vírus circula, não receberam a vacina, apresentaram sintomas clássicos e estão em cuidados domiciliares. A secretaria mantém equipes de vigilância em saúde nos municípios com notificações para orientar sobre isolamento e vacinar contatos das pessoas confirmadas. Também foram enviadas notas técnicas aos 139 municípios com orientações para as áreas de vigilância e imunização, e as 323 salas de vacinação do estado estão abastecidas com imunizantes.

Sobre a doença

O sarampo é uma doença viral aguda e altamente transmissível, que se espalha pelo ar ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Após a contaminação, o período de incubação varia de sete a 14 dias, e a transmissão pode ocorrer de seis dias antes a quatro dias após o surgimento dos sintomas, que incluem febre alta, manchas avermelhadas, tosse, coriza e conjuntivite. Entre as possíveis complicações estão pneumonia, encefalite e óbito.

Prevenção

A vacina contra o sarampo está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema recomendado é:

• Crianças de 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero com a vacina dupla viral;
  
• Crianças de 12 meses: primeira dose (D1) da tríplice viral e, após 30 dias, segunda dose (D2) com a tetraviral (ou tríplice viral + varicela);
  
• Crianças de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias: segunda dose (D2) da tríplice viral, se vacinadas aos 12 meses;
  
• Pessoas de 5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral, se sem histórico vacinal ou esquema incompleto;
  
• Pessoas de 30 a 59 anos: dose única da tríplice viral;
  
• Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral, independentemente da idade.
  

Além da vacinação, a orientação é que pessoas com suspeita ou confirmação da doença evitem trabalho ou escola por pelo menos quatro dias a partir do início do exantema, e restrinjam o contato com grupos vulneráveis, como crianças pequenas e gestantes. Outras medidas incluem limpeza frequente de superfícies, isolamento domiciliar durante o período de transmissão, distanciamento em locais de atendimento, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, uso de lenços descartáveis e higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Tratamento

Não há tratamento específico para o sarampo; os medicamentos são utilizados para aliviar sintomas. A SES-TO recomenda procurar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar sintomas, para prescrição médica adequada.