Wanderlei Barbosa reage ao cumprimento de mandados da PF e fala em “estranheza” diante de nova operação
12 novembro 2025 às 10h42

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O governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), se pronunciou nesta quarta-feira, 12, após a Polícia Federal cumprir 24 mandados de busca e apreensão em Palmas e Santa Tereza do Tocantins, como parte de uma nova fase da Operação Nêmesis, que investiga possíveis tentativas de obstrução das apurações da Operação Fames-19, sobre desvios de recursos da pandemia.
Mais cedo, a defesa de Barbosa havia informado apenas que celulares foram apreendidos e que, por ora, não haveria manifestação sobre a ação. No entanto, horas depois, o governador afastado divulgou nota oficial em que afirma ter recebido a operação “com estranheza”, especialmente por ocorrer em meio à expectativa pelo julgamento de um Habeas Corpus que pode determinar seu retorno ao cargo.
Na nota, ele também reforça sua “confiança na Justiça e nas instituições” e diz manter-se “à disposição para colaborar com as investigações”.
A operação desta quarta-feira teve como alvos familiares, aliados políticos e ex-secretário de Wanderlei Barbosa, entre eles a primeira-dama Karynne Sotero, o deputado estadual Léo Barbosa, o superintendente do Sebrae Rérisson Castro, a deputada estadual Cláudia Lelis, além de Thomas Jefferson e coronel Wander Araújo.
Parte das buscas ocorreu em fazendas ligadas ao governador afastado em Santa Tereza do Tocantins. Em Palmas, agentes recolheram celulares e outros objetos na residência do político.
As ordens foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o objetivo de impedir a destruição de provas e reunir novos elementos sobre a suposta organização criminosa investigada. Os procedimentos seguem sob sigilo judicial na Corte Especial do STJ.
