Por Redação

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Artigo de Opinião
A violência nossa de cada dia ou crônica tirada de uma notícia de rede social

Eder Ahmad Charaf Eddine *

Recentemente, me deparei com uma notícia que me envolveu em emoções nada agradáveis. Não gosto de violência, mas, assim, veiculada diariamente em manchetes de jornais e em memes, acabo me acostumando a ela, mas não devia.

Quem: Um professor, deficiente visual. Ocorrido: espancado por três alunos adolescentes. Onde: ponto de ônibus à frente da instituição de ensino na qual trabalhava. Motivo: tentar impedir o uso do celular durante a aula.  

O evento é curioso porque promove com o professor o “te pego lá fora”, eterno medo das crianças em idade escolar e, hoje, dos profissionais da educação. Vocalização corrente do bullying, a frase promete agressões futuras, principalmente contra gays, trans, nerds e até deficientes.

Não apresento soluções idealistas e irreais que jamais seriam implantadas, foco nos comentários sobre o caso em uma rede social. Das soluções apresentadas, algumas pediam a criação de mais escolas militares; outras, a expulsão dos envolvidos. Alguém também previu que o próximo passo dos adolescentes seria o espancamento público da diretora. A revolta se alastrou e gerou mais violência, com culpabilizações de partidos políticos e dos pais ou responsáveis pelos agressores.

O preparo para a Lei 15.100/2025, que dispõe sobre a proibição do uso de aparelhos eletroportáteis em ambientes escolares, com exceção das oportunidades didáticas promovidas e conduzidas por um professor, requer mais celeridade. A Lei é importante, prevê situações psicológicas e sociais. Contudo, existem soluções melhores do que “tomar e repreender verbalmente”. Todas as ações necessitam ser pensadas, discutidas e observadas. Notícias como essas só geram mais violência e sentimentos de impunidade.

O quadro de violência pode ser diminuído com o trabalho de profissionais psicólogos e assistentes sociais, mas esses necessitam de estrutura e, obviamente, de atuação baseada na ciência. A Lei é recente, a violência, não.

Outro dia, em uma entrevista, um jornalista me fez a seguinte pergunta: um único desejo? Respondi: Paz. Às gargalhadas, ele rebateu: Muito Miss!

Pareceu, mas não era ingenuidade. À época, eu estava lendo Comunicação Não Violenta, de Marshall Rosenberg. Ainda que eu possua críticas ao método e ao processo mercantilizador, o livro descortinou em mim as violências cotidianas que eu cometia e que cometiam comigo.

No princípio da Paz, se eu não for um pouco Poliana, como vou sobreviver diante do que estamos passando atualmente? O século 20 foi marcado por muitas atrocidades. Almejada e solicitada por alguns movimentos sociais das décadas de 1980 e 1990, a paz não foi alcançada.

Estamos enfrentando diversas guerras desde o início dos anos 2000. Caminhamos para barbáries, cada vez mais, impensáveis. Líderes de nações conduzem a vida pública da mesma forma que se utiliza um controle de videogame num jogo sangrento, de preferência. A compensação de tais disputas: mais popularidade, mortes e dinheiro. Tudo somado às violências cotidianas, as “sutis”, ampliadas pela pandemia.

A anestesia da violência é real, mas o choque provocado por essa notícia me afetou mais do que outras por conter três componentes que merecem atenção: a escola, a deficiência visual e os adolescentes. Ao motorista de ônibus que retirou o infeliz debaixo da horda furiosa, a esse homem que salvou um professor, o meu muito obrigado!

* Psicólogo (CRP - 23/1465), professor e pesquisador em Comunicação e Saúde Mental. Doutor em Educação, área Psicologia e Educação (USP). Possui especialização em Terapias Cognitivo-Comportamentais, em Psicopedagogia e em Educação e Sociedade. Orienta no Mestrado em Comunicação e Sociedade (PPGCom/UFT). Autor do livro finalista do Jabuti Acadêmico 2024 "Psicologia, Educação e Homossexualidades: o normal e o patológico em revistas científicas de 1970 e 1980".

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