Cinthia Ribeiro critica Aleto e levanta questionamentos sobre instabilidade no governo estadual

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), usou suas redes sociais para criticar as movimentações políticas na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) e levantar questões sobre a estabilidade do governo estadual. Em publicação feita nesta quinta-feira, 28, Cinthia destacou que, nos últimos 16 anos, nenhum governador conseguiu concluir seu mandato e atribuiu parte dessa instabilidade à influência da Aleto. “A Assembleia Legislativa dita o rito e o ritmo”, escreveu a prefeita, em referência à recente anulação da eleição antecipada para a Mesa Diretora da Casa e à nova votação marcada para sexta-feira, 29.

A declaração de Cinthia Ribeiro ocorre em meio a um cenário político turbulento no estado, marcado pela judicialização da política e denúncias envolvendo o governo estadual. Um dos exemplos recentes é o caso envolvendo o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que enfrenta questionamentos após a revelação de depósitos feitos por um empresário investigado na Operação Fames-19, que tem conexão com supostas empresas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação investiga desvios milionários de recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia.

A instabilidade na Aleto é exemplificada pela recente anulação da eleição que reconduziu Amélio Cayres (Republicanos) à presidência da Casa, após acusações de que o pleito foi realizado de forma irregular e fora do prazo permitido. A nova eleição, que será realizada nesta sexta-feira, 29, tem mobilizado articulações intensas nos bastidores, com grupos de oposição e situação disputando o controle da Mesa Diretora.

A prefeita compartilhou uma imagem com a palavra “vergonha”, reforçando sua insatisfação com o cenário político do estado.

Denúncias contra o governo

A fala da prefeita ocorre logo após as denúncias recentes que envolvem o governo estadual. A Operação Fames-19 que revelou um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, com indícios de envolvimento do governador e de seus familiares. As investigações apontam para depósitos feitos por Welber Guedes de Morais, um dos investigados, para pessoas ligadas ao governo do Estado e ao Legislativo.

A instabilidade política e as denúncias reforçam o clima de tensão e incerteza sobre o futuro do governo estadual. Enquanto isso, a Aleto segue sendo um dos principais focos de atenção, com a definição da nova Mesa Diretora sendo aguardada como um momento crucial para os rumos da política no Tocantins.