O secretário executivo na Secretaria de Saúde de Goiânia, Quesede Ayres Henrique, que também ocupou cargos em diversas pastas do governo do Tocantins, foi preso nesta quarta-feira, 27, na capital goiana. A prisão temporária ocorreu no âmbito de uma operação do Ministério Público de Goiás (MPGO), que apura possíveis irregularidades em contratos firmados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital. Antes de atuar em Goiânia, Quesede foi secretário de Habitação e secretário-executivo da Secretaria de Estado da Saúde (SES) na gestão de Mauro Carlesse, além de ocupar o cargo de Secretário Extraordinário de Ações Governamentais e Parcerias Público-Privadas no governo Wanderlei Barbosa (Republicanos).

Quesede é acusado de integrar uma associação criminosa envolvida na concessão de vantagens indevidas em contratos, ao lado do secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Modesto Pollara, e do diretor financeiro da pasta, Bruno Vianna Primo. De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), o grupo teria desrespeitado a ordem cronológica de pagamentos, causando prejuízos aos cofres públicos.

A prisão ocorreu no mesmo dia em que Quesede Ayres Henrique seria homenageado com o Título de Cidadão Goianiense, proposto pelo vereador Markim Goyá (PRD). Prevista para votação na Câmara de Goiânia, a honraria foi retirada da pauta após pressão dos parlamentares, que reagiram à notícia da operação. Outras homenagens já haviam sido concedidas a Quesede em ocasiões recentes. Em abril, ele recebeu o Diploma de Honra ao Mérito em uma sessão especial em reconhecimento aos trabalhadores da Saúde. Na mesma época, o secretário Wilson Pollara foi contemplado com o Título de Cidadão Goianiense.