Governador critica Irajá em evento político e diz: “Quem tirou ele foi o povo, não eu”

Na data em que foi divulgado o apoio do G5+, grupo de prefeitos das cinco maiores cidades do Tocantins (Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins), a uma possível candidatura da senadora Dorinha Seabra (UB) ao governo do estado nas eleições de 2026, outro senador tocantinense acabou em destaque, mas não de forma amistosa.

Durante a inauguração da nova sede do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), em Palmas, na noite desta segunda-feira, 14, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), subiu o tom contra o senador Irajá Abreu (PSD). No mesmo palanque onde estavam a própria senadora Dorinha, deputados federais e estaduais e parte dos prefeitos do G5+, Wanderlei aproveitou para criticar duramente o congressista, acusando-o de não contribuir com o estado.

“Precisamos de benefícios públicos, e isso ele (Irajá) nunca botou. Sabe por que ele nunca botou? Porque não tem coragem de assumir que não fui eu quem tirou ele. Quem tirou ele, com aqueles 7% de votos, foi o povo. E quem tirou a mãe dele também foi o povo, não fui eu. Eu continuo aqui trabalhando da mesma forma. Às vezes a gente tem que responder na mesma moeda a essas pessoas, porque elas ficam lá apenas apostando no caos, trabalhando para tirar governo, enquanto deveriam estar tirando as dificuldades do nosso povo, que não são poucas”, disparou o governador, que também reclamou que o senador evita o debate direto de ideias com ele.

A fala do governador pegou alguns presentes de surpresa. O prefeito de Paraíso do Tocantins, Celso Morais (MDB), que esteve com Irajá mais cedo no mesmo dia, chegou a bater palmas, mas de forma visivelmente desconcertada. Já o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), e a senadora Dorinha permaneceram impassíveis.

Em aparições recentes, Irajá tem feito críticas duras à gestão de Wanderlei, com foco nos que ele classifica como “gastos desenfreados”, especialmente o aumento da folha de pagamento sob o comando do atual governador.