Há cerca de um ano, sindicatos de servidores públicos do Tocantins têm reclamado da falta de repasses das contribuições feitas pelos funcionários públicos às entidades, via folha de pagamento do governo do Tocantins. Nos bastidores, servidores relatam que pagamentos simples, como as Requisições de Pequeno Valor (RPV) — utilizadas também como indenização — estavam com atraso. Um sindicato chegou a adquirir empréstimos pessoais para pagar suas despesas, devido ao não repasse do dinheiro retirado do salário dos funcionários.

Quando essas requisições são cobradas em cumprimento de sentenças e decisões judiciais, o Estado tem 60 dias úteis para efetuar o pagamento. No entanto, em situações recentes, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) realizava todos os trâmites, mas a Secretaria da Fazenda (Sefaz) não realizava o repasse. Algumas entidades chegaram a registrar boletins de ocorrência, como o Sindicato dos Policiais Penais do Tocantins (Sinddpen-TO) e o Sindicato da Polícia Civil do Tocantins (Sinpol-TO).

Em um documento protocolado em um dos processos ao qual o Jornal Opção teve acesso, a PGE admite que os setores responsáveis pelo pagamento, na Sefaz, não retornaram os processos internos sobre a transferência das quantias exigidas judicialmente.

Fontes do Palácio Araguaia informaram ao Jornal Opção Tocantins que o governador Wanderlei Barbosa estaria insatisfeito com o desempenho do secretário da Sefaz, Júlio Edstron Secundino Santos, exonerado na quinta-feira, 8. O ex-secretário foi ndicado pelo Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO).

O Jornal Opção Tocantins tenta contato com o ex-secretário.