Aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Eduardo Gomes (PL), que ocupa atualmente a vice-presidência do Senado, participou neste domingo, 16, no Rio de Janeiro, às vésperas da Primeira Turma do Supremo decidir se torna ou não Bolsonaro réu pela trama golpista, do ato organizado por apoiadores de Bolsonaro que tinha entre as pautas a anistia para os presos responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Nas redes sociais, com fotos em que aparece em cima de um trio e outras ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL), Gomes afirma que o movimento foi um ato de justiça por aqueles, que segundo ele, foram presos de forma injusta. “O povo brasileiro foi às ruas em um forte ato por justiça e pela liberdade dos presos injustamente no 8 de janeiro”, postou o senador.

Em outro texto, o senador tocantinense disse: “firmes na luta pela liberdade e justiça! Neste domingo, a Orla de Copacabana foi palco de uma grande manifestação popular em defesa da anistia para os presos políticos do 8 de Janeiro”, divulgou Gomes.

Participações

O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos) discursou no evento e direcionou ataques a gestão do presidente Lula (PT). Também marcaram presença no ato, os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), do Mato Grosso, Mauro Mendes (União) e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além do senador Magno Malta (PL) e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL), Sóstenes Cavalcante (PL) e Rodrigo Valadares (União).

Em relação a adesão popular, segundo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), o ápice da manifestação teve 18,3 mil pessoas. Nas redes, bolsonaristas já se apegam a outros números, uma nota da Pólicia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), que afirma um público 22 vezes maior que o divulgado pela USP, com mais de 400 mil pessoas.

Segundo a PMERJ, o ato “reuniu mais de 400 mil pessoas, e foi monitorado pelo 19°BPM (Copacabana) com apoio do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área) e o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar”, afirmou a guarnição por meio de nota divulgada nas redes sociais.

A expectativa dos organizadores era a participação de pelo menos 1 milhão de pessoas, o que segundos os dois dados divulgados não ocorreu.

Julgamento

Bolsonaro e outras 33 pessoas foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes. O colegiado marcou para o dia 25 de março o julgamento das denúncias da PGR, sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado tramada após as eleições de 2022.

Os crimes são: liderança de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da união; e deterioração de patrimônio tombado.