A secretária municipal de Educação de Palmas (Semed), Débora Guedes, usou suas redes sociais nesta terça-feira, 1º, para expor supostas irregularidades deixadas pela administração anterior, que tinha Cinthia Ribeiro (PSDB) como gestora e o professor Fábio Chaves como secretário de educação. No centro da polêmica estão contratos ilegais de MEIs nas escolas, uso indevido de verba federal destinada à construção de CEMEIs e um déficit de servidores que, segundo ela, chegou a 600 profissionais no final de 2023.

“Estou em Brasília garantindo recursos para a construção emergencial do nosso Centro de Educação Inclusiva. Os avanços são gigantescos e logo colheremos os frutos para o Atendimento Educacional Especializado que nossas famílias merecem. Daqui recebo notícias de um pequeno grupo que insiste em tentar paralisar nossa Educação. Tenho me mantido calada, sofrendo inúmeros ataques. Só posso garantir que provas não mentem, recebemos uma gestão com contratos ilegais (MEIs) nas escolas, com utilização de recursos federais destinados à construção de CEMEIs, os quais foram desviados. E pasmem, em 2024 a Educação funcionou até dezembro com uma carência de mais de 600 servidores, número este que não é mais a realidade da SEMED hoje. Diante de tudo isso, nunca houve disposição para qualquer tipo de paralisação. O que será que os cegavam? Somente agora estão vendo as carências? Estamos trabalhando muito para avançar, tenham certeza disso”, escreveu Débora.

A secretária foi procurada para comentar as declarações, mas não retornou o contato. A prefeitura de Palmas também foi acionada para falar sobre o assunto, mas ainda não se manifestou.

Câmara Municipal

O pronunciamento da secretária rendeu repercussão na Câmara Municipal. O vereador Manoel Bonfim (Podemos) foi à tribuna nesta quarta-feira, 2, e reforçou que a gestão passada deixou uma situação caótica para Eduardo Siqueira Campos (Podemos). “Essa denúncia da secretária serve para que vocês possam ter noção do que ficou da gestão anterior, o prefeito pegou uma administração complicada”, disse.

Já o vereador Carlos Amastha (PSB) ampliou a crítica e disse que problemas semelhantes foram encontrados em diversas secretarias. “Temos que apurar essas despesas do exercício anterior, o que a secretária Débora está encontrando na Educação, o que a Secretaria de Saúde encontrou, o que se encontrou em todas as áreas… Não sou contra Cinthia, mas os estragos que ela ocasionou à cidade, o que fez com o dinheiro público e a destruição da máquina, isso tem que ser apurado. Se for culpada, precisa ser punida de forma exemplar”, disparou.