A professora Janad Valcari é graduada em direito, administração, neuropsicopedagogia, tecnóloga em gestão e empresária no ramo da Educação. Nasceu em Palmeirópolis (TO) e reside em Palmas desde 1992. Em 2007, criou o “Instituto Plantando e Colhendo o Bem”, que realiza intenso trabalho social em prol das famílias carentes. Nas eleições municipais de 2020, elegeu-se vereadora de Palmas com pouco mais de dois mil votos. Tornou-se presidente da Câmara e foi premiada nacionalmente entre os melhores parlamentares do Brasil. Já em 2022, filiada ao PL, entrou para a história política do Estado, sendo a deputada estadual mais votada na capital e a mulher mais votada do Tocantins, com 31.587 votos.

Janad foi alçada ao segundo turno, alcançando 39,22%, sendo a candidata mais votada no primeiro turno da capital. Ela concorre agora com o candidato Eduardo Siqueira (Podemos). 

Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção Tocantins, a deputada e candidata a prefeita de Palmas falou sobre questões críticas da atual gestão, os problemas enfrentados pelos palmenses com o serviço oferecido pela BRK e transporte público. Ela também falou de suas parcerias políticas e como pretende governar a capital tocantinense. 

Candidata, como a senhora avalia esses três meses de pleito? Que resultado e que aprendizado a senhora acredita que teve durante esse período?

Para mim foi muito importante visitar as pessoas. Relembrei muitas coisas da minha vida, dificuldades que passei com minha mãe e irmãos. Vi que muita coisa está do mesmo jeito: muitas pessoas precisando de moradia, muitas reclamando da saúde, que não tem médico, que não tem remédio. Gostei mesmo das novas amizades que fiz, gostei das oportunidades de aumentar esses laços na minha vida.

Fiz novas amizades e conheci bairros que antes só tinha ouvido falar.

Caminhei pelos 247 bairros e vi de perto a realidade: lugares sem coleta de lixo, sem varrição, sem postinho de saúde, escolas ou creches.

Foi importante ver como está a cidade e ter a chance de ser prefeita. Acredito na nossa vitória e quero fazer a diferença, mostrar que se pode governar para o povo. Fiquei feliz porque pude conhecer mais pessoas, ver realidades que vivi e que muitos ainda vivem. Hoje, tendo a oportunidade de ser prefeita da cidade, se eleita for, acredito que nossa gestão vai fazer a diferença. Vamos mostrar que é possível fazer, é possível ajudar colocando políticas públicas de qualidade.

O que a senhora faria diferente para melhorar a gestão de Palmas? O que manterá e o que mudará, caso seja eleita?

Eu sempre preciso cuidar das pessoas. Eu faria diferente dela porque hoje ela é uma prefeita do Twitter, uma prefeita dentro do seu apartamento. Eu gosto de estar no meio das pessoas, ir às feiras, pracinhas, parquinhos, nas UPAs, nas secretarias. É isso que vou fazer. Eleita no domingo, na segunda já estarei na rua agradecendo cada voto e sempre perguntando o que mais podemos fazer pela cidade. Não deixaria a saúde como está, nem a educação. O que estiver bom, continuamos. Por exemplo, a questão dos servidores e concursos, vamos dar continuidade. O que estiver ruim, corrigimos, e o que não foi feito, vamos fazer.

 Falando sobre concursos. O atual concurso da prefeitura tem um cadastro de reserva bem longo. Por enquanto, foram chamados apenas os imediatos. A senhora pretende ampliar essa convocação, chamando mais pessoas para a saúde, educação e outras áreas?

Sou a favor de concursos porque trazem estabilidade para as famílias e as pessoas. Como professora, sempre falo: estudem, passem no concurso para ter estabilidade. Eu mesma fiz isso. Na Câmara de Vereadores, pessoas se aposentaram e eu imediatamente chamei o quadro de reserva.

Quero deixar todos com o coraçãozinho tranquilo: vamos convocar todos os aprovados e quem estiver no cadastro de reserva.

O pessoal da Guarda Metropolitana, que fizeram o concurso há bastante tempo e ninguém foi chamado, ninguém foi convocado. A gente vai fazer isso. Eu quero fazer a cada dois anos o concurso da Guarda Metropolitana, garantindo a segurança para o povo palmense. 

Surgiram críticas à sua ausência em alguns debates. Por que a senhora não foi aos debates do primeiro turno? 


Eles armaram uma armadilha para mim. Ficou claro que dois candidatos estavam prontos para me atacar, tinham armado a armadilha e eu não caí.

Nunca tive medo de debates. Fui vereadora, sou deputada, já passei por ambientes de debates e negociações como empresária. Nunca tive medo de debates! Até porque eu tenho propostas, eu tenho projetos, eu sei o que Palmas precisa, conheço a cidade na palma da mão, mas eles se juntaram para me atacar. Então, se você observar, toda a campanha, eles vieram pra me atacar. Como esposa, como mãe, como empresária e em nenhum momento puderam dizer que eu sou preguiçosa, nenhum momento disseram que eu não sei o que é melhor pra cidade. Os ataques sempre foram voltados para o pessoal. 

Eu acredito que o debate é muito importante para a sociedade para ver quem realmente está preparado, quem passa segurança e ontem comprovou mostrou aí que o candidato permaneceu atacando o lado pessoal. Inclusive falam da minha franjinha, falam do meu cabelo, falam da roupa que eu visto, mas essa sou eu. Eu não vou mudar. Então, ontem eu fui mostrar para que eu vim.

Vi até, depois do debate, muitos comentários nas redes sociais, falando que era a disputa de uma feirante contra o príncipe herdeiro, porque eu vim lá de baixo, eu conheço a realidade. 

 Então é muito fácil você olhar para alguém e dizer assim: Ah, a fome dói! Mas só sabe como dói quem passa e eu passei eu sei. É muito fácil de dizer: Ah, nós vamos consertar os ônibus, mas eles não conhecem o que é ficar esperando o ônibus. O que é correr atrás de um ônibus. Eles não sabem o que é um ônibus sem ar condicionado, um ônibus só a sujeira, cadeiras quebradas, eu sei porque eu vivi isso, então é eu posso falar porque eu passei por isso. Ele tentou criticar porque eu falei que eu passei por debaixo da catraca e depois eu voltei dizendo que eu tinha orgulho, eu tenho orgulho do meu passado que foi meu passado que me deixou ser forte me fez ser forte. Então eu passava, ninguém quer passar por debaixo da catraca eu passava porque eu não tinha dinheiro para pagar porque a mamãe não tinha condição financeira. 

Então, para debater, se tem uma pessoa que tem condições de debater, sou eu, porque vivi a realidade. Eu conheço a realidade. Eu sei onde está cada bairro, sei onde meus amigos e eleitores moram e entendo as dificuldades que eles passam. Então, pra mim, debater não é problema nenhum. Ontem eu mostrei que não tenho medo de debate.

Como a senhora reage às críticas, inclusive envolvendo o marido e a questão da suposta filha? Como isso afetou a senhora?

De cabeça erguida. Cada pedra que me jogam, eu junto para construir um castelo, e esse castelo é para que as pessoas possam conviver e viver bem nele. Todo filho é uma bênção, e ele tem que saber se é filha dele ou não. Me culpam por um relacionamento de uma época em que eu nem o conhecia — eu tinha apenas 16 anos, e me atacam com isso. 

Levaram essa moça para o debate para tentar me desestabilizar, mas o que realmente me desequilibra é ver uma mãe precisando de remédio e não encontrar no postinho, ou uma mulher que precisa de uma vaga em creche integral e não tem. Também me afeta saber que alguém precisa de uma cirurgia simples e não há hospital municipal para atendê-la. Isso é o que realmente me tira do eixo.

Se for filha dele, ótimo, ela vai ganhar um pai, e vai ganhar uma mãe também. Se não for, vamos crescer na amizade e no respeito.

Eu também fui criada sem pai, então, o que eu puder fazer, pra melhorar as condições, eu vou melhorar. 

Eu queria que a senhora falasse também dos projetos que tem para as mães solo. Que projetos pretende implementar para esse grupo?


A mãe solo sofre muito. Ela é mãe, é pai, e faz tudo sozinha. Quando o filho adoece, é ela quem corre atrás. Se ela adoece, não tem com quem deixar os filhos para ir ao postinho ou à UPA. Essas mulheres precisam de oportunidades e prioridade. Quero colocá-las à frente nos programas habitacionais e nos concursos públicos.

Minha mãe foi mãe solo, e quem cuidava de nós era minha irmã mais velha. A mãe lavava e passava roupa para fora para sustentar a casa. Nunca foi fácil, e, nesta campanha, ao andar pelos bairros e encontrar essas mulheres, vi o sofrimento que minha mãe também enfrentou. Foi um choque. Mas Palmas tem condição de fazer diferente.

Queremos criar uma linha de crédito para mães solo empreenderem, por meio do Banco do Povo. Essas mulheres precisam de uma oportunidade para vencer, assim como eu e minha mãe vencemos.

A senhora falou sobre habitação. Tem alguma proposta ou projeto para desapropriar imóveis desocupados?

Sabe aquele ditado que fala: “ a boca fala o que o coração tá cheio”. Todos os meus projetos tem um pouquinho da minha vida. A gente pagava aluguel, morava em quitinete, e por duas vezes fomos despejados porque a mamãe não tinha condição de pagar o aluguel. Então, muitas vezes, ela tinha que escolher entre comprar comida ou pagar o aluguel.

Nós conseguimos sair dessa situação quando ganhamos uma casa popular na 1203. Ali nossa vida melhorou. Em vez de pagar aluguel, minha mãe pôde comprar mais comida, roupa pra gente, porque até então a gente usava as roupas que as pessoas nos davam. Então, sim, levar moradia para as famílias será uma prioridade no meu governo.

Nós queremos construir casas, e já fizemos uma parceria com o governador, porque o Estado é o detentor da maioria das terras aqui em Palmas. Ficou combinado que ele vai doar uma parte dessas terras para a gente. Vamos regularizar, lotear e entregar lotes para as famílias. Faz mais de 20 anos que a última entrega de lotes em Palmas foi no Taquari.

Além de construir três mil casas com o apoio do governo, do Senado e da bancada federal, vamos doar esses lotes e organizar mutirões com igrejas, ONGs e associações para ajudar as pessoas a construírem suas casas.

A senhora acabou de falar do apoio do governador. A senhora tem o apoio dele, de senadores, de deputados. Como acha que isso vai afetar a sua governabilidade? Ter tantas alianças pode ser um problema ou vai ajudar?

Isso vai fazer da nossa gestão a melhor. Não se faz gestão pública sem apoio político. Com esses recursos, vamos transformar Palmas em uma cidade melhor. Hoje, o que vemos são histórias de corrupção e obras paradas. Com ajuda, vamos acelerar o progresso e trazer oportunidade para todos. Na nossa gestão, com ajuda deles, teremos mais facilidade para fazer com que Palmas entre nos trilhos do progresso. Para que ela tenha condições de ser uma cidade que tenha espaço e que dê oportunidade. Com essas parcerias, a gente vai trazer mais recursos e transformar todos eles em obras. 

E sobre corrupção? Como a senhora pretende garantir mais transparência na gestão? Hoje o cidadão não sabe muito bem, por exemplo, nem quantas obras paradas tem na cidade. 


A população precisa saber como cada centavo está sendo gasto, o que está pronto, o que vai terminar, o que está para começar. Fiz isso na Câmara, onde digitalizamos todos os processos. Antes, demorava muito para achar um documento; agora, com uma frase, você encontra qualquer coisa, até de 20 anos atrás. A transparência evita a corrupção.

Hoje, as pessoas têm medo de denunciar por causa da perseguição política. Na minha gestão, isso vai acabar. Vamos criar uma ouvidoria no gabinete da prefeita para que qualquer servidor ou cidadão possa denunciar irregularidades sem medo. Com uma gestão transparente e participativa, todo mundo ganha, e diminuímos a corrupção. Eu acredito que onde o justo governa, o povo se alegra.

Precisamos urgentemente acabar, ou pelo menos diminuir essa corrupção. Tivemos uma abstenção de quase 20% de pessoas que não foram votar, por falta de acreditar na política.

Eu sei que posso mudar essa história, não passarei a mão na cabeça. Se eu encontrar alguma coisa errada eu vou falar!

No debate, tivemos a oportunidade de conhecer melhor os vices. Com a senhora avalia o papel de seu vice, Pedro Cardoso (Repu) ?

Pedro é um jovem comprometido, criado em berço humilde e com valores sólidos. A mãe dele tem um projeto social e gosta de cuidar das pessoas. Ele é determinado e não tem preguiça. Nós dois temos fogo nos pés! Enquanto eu vou para um lado da campanha, ele vai para o outro. Pedro gosta de gente e tem carisma. Vai me ajudar muito com as bandeiras dos jovens e do empreendedorismo. Estou muito feliz com ele ao meu lado, e juntos vamos fazer Palmas sacudir!

No último debate, foi falado sobre políticas para pessoas com autismo. Como a senhora pretende implementar políticas para incluir essas mães? 


Me doeu a alma ver o candidato à vice do Eduardo (Pode) dizer que crianças autistas não precisam de uma casa especializada porque já têm uma casa. Ele não sabe o que essas mães passam. As famílias precisam de apoio. Eu viajei a Camboriú logo depois de iniciar a campanha e conheci uma Casa do Autista lá. Fiquei encantada e quero implantar algo semelhante aqui.

Essa Casa do Autista vai ter psicopedagogo, fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta e até advogado, porque muitas mães têm dificuldade em conseguir benefícios. Vamos ter também musicoterapia, ecoterapia em parceria com ranchos para que as crianças possam andar a cavalo, e um jardim sensorial para quando estiverem agitadas. Teremos brinquedos pedagógicos e um espaço para aulas de informática. Queremos criar uma Casa do Autista na região norte e outra na região sul, porque Palmas precisa disso.


Eu fiquei triste e decepcionada, pelo vice, Eduardo Velozo, não ter esse conhecimento, que hoje nós não temos políticas públicas voltadas para essas pessoas que tanto sofrem. 


A senhora falou sobre resolver os alagamentos, no trecho próximo ao Shopping e até mencionou que renunciaria se não resolvesse. Como pretende fazer isso?


Vou resolver, sim. Já disse que arrumo isso até a próxima temporada de chuvas ou eu renuncio. Esse é o espaço entre o Shopping e o Espaço Cultural. É simples de organizar, e eu já conversei com engenheiros e técnicos amigos meus, que me ajudaram a fazer o plano de governo. O que vemos ali são bolsões concretados, ou seja, a água não tem para onde escoar. A natureza precisa de um lugar para onde ir.

Na Avenida Teotônio Segurado, por exemplo, tem como fazer com que a água infiltre e volte para o lençol freático. O que falta ali é fazer a abertura dos bueiros e criar saídas para a água escorrer. Teve uma chuva recente e quase alagou o Palma Shopping.

Esse compromisso eu fiz em vídeos e até no debate: se não resolver o problema dos alagamentos até a próxima temporada eu renuncio.

Como a senhora pretende melhorar a infraestrutura nas regiões mais carentes, que também sofrem muito com alagamentos?

Tem muita falta de asfalto na região norte, na alameda 25. Minha amiga Eliane, por exemplo, mora em uma casa que, quando chove, entra um metro de água. Isso acontece por falta de limpeza dos bueiros. Isso é culpa das gestões antigas, que até fizeram buracos para os bueiros, mas não criaram saídas para a água. A água chega no bueiro e volta, porque não tem para onde escoar.

Então, precisamos de macrodrenagem, mais bueiros e uma limpeza periódica. Se você consultar os editais dos últimos 15 anos, não encontra nada sobre limpeza de bueiros. Além disso, vamos precisar de parcerias com empresários e donos de casas para evitar que façam calçadas de concreto, porque a água precisa de espaço para escoar.

Vamos incentivar calçadas permeáveis, dando desconto no IPTU para quem aderir. A água tem que ter um caminho para seguir, e quando isso não acontece, ela acaba invadindo as casas. Também podemos implementar piscinões, como já é feito em outras cidades, para evitar alagamentos.

Sobre o transporte público, a senhora pretende manter a Parceria Público-Privada (PPP) ou fazer alguma mudança?


Na verdade, antes tínhamos uma PPP, hoje, a prefeitura administra o transporte, mas eu nunca concordei com isso. A prefeitura não tem condição de trocar pneus, consertar caixas de marcha ou portas de ônibus. Ela deve fiscalizar e executar políticas públicas, mas precisa terceirizar esse serviço para empresas especializadas.

Como eu andava de ônibus, sei bem como é. Naquela época, já era ruim, e hoje está ainda pior. A ideia é fazer parcerias com empresas privadas que se comprometam a cuidar das pessoas, não apenas a lucrar. Eu quero empresas com concorrência, porque quando há concorrência, a qualidade do serviço melhora.

Quem trabalhar melhor, fica no mercado; quem não, sai. Quero ônibus com ar-condicionado e que a prefeitura controle as tarifas, para evitar aumentos abusivos. Hoje, a passagem custa R$3,85, e, apesar das dificuldades, é um valor que conseguimos manter. A prefeitura vai subsidiar parte do custo e também gerar receita com publicidade nos ônibus e nas estações.

As estações estão precárias e precisam ser revitalizadas. Fico com pena dos motoristas, que não têm onde parar, nem um bebedouro de água gelada para usar. Eles ficam dependendo das banquinhas dos ambulantes. Isso é muito triste.

Em locais como Buritirana, o transporte público é bastante limitado, com ônibus circulando apenas aos domingos, o que dificulta o acesso dos moradores a serviços essenciais, como as UPAs. Como a senhora pretende solucionar essa questão e garantir uma melhor oferta de transporte nessas áreas?


Exato! Se alguém precisar ir à UPA num fim de semana, tem que pedir carona, porque não tem ônibus. Em Taquaruçu Grande, por exemplo, tem um ônibus de manhã e outro à tarde.

Os moradores do Araras 2 precisam ir a pé até o Arara Azul ou até Santa Fé para pegar um ônibus. Isso é humilhante. Eu lembro bem da dificuldade que era andar de ônibus, e hoje está pior.

Melhorar o transporte público é uma das minhas prioridades.

A cidade de Palmas enfrentou recentemente problemas relacionados à qualidade da água fornecida pela BRK, com relatos de um extravasamento na estação de tratamento e distribuição de água com gosto alterado. Diante disso, como a senhora pretende melhorar o saneamento básico em Palmas e assegurar que os serviços prestados pela BRK sejam mais eficientes e de melhor qualidade?


A situação da BRK já passou dos limites. Nenhuma gestão anterior teve pulso firme para cobrar da empresa. Eu, como vereadora, sempre briguei contra a taxa de esgoto de 80%. Não podemos aceitar que um serviço essencial seja tratado dessa forma.

Hoje, 70% da cidade tem esgoto, mas precisamos chegar a 100%. Se a BRK não se alinhar, vamos discutir o contrato na Justiça. Comigo, é assim: ou faz direito ou não fica.

Antigamente, o povo não se preocupava tanto com a água que ia chegar, porque sabia que seria uma água de qualidade e com um preço acessível. Hoje não é mais assim. Hoje, todo mundo pensa: “Quanto vai vir a conta de água? Meu Deus, quanto será que vai vir minha conta?” Porque eles cobram 80% de taxa sobre o esgoto.

Atualmente, 70% da cidade tem esgoto, mas precisamos urgentemente chegar a 100%. E eu já deixo claro: se a BRK não entrar na linha, vamos discutir o contrato na Justiça. Ou eles trabalham direito ou não ficam com a gente.

Tem mais alguma coisa que a senhora gostaria de acrescentar?


Quero pedir às pessoas que não deixem de votar. Votar em branco ou nulo não é solução. Precisamos escolher o futuro da nossa cidade. Não adianta terceirizar essa responsabilidade para os outros. Eu peço que todos vão às urnas no dia 27, domingo. Principalmente agora, que é só para prefeito. Às vezes, as pessoas dizem: “Ah, vou viajar” ou “Não vou votar.” Mas eu peço que todos façam esse esforço e escolham o futuro da cidade. Não é algo que podemos decidir daqui a quatro anos. A vida é agora, o presente é hoje. Precisamos escolher agora para garantir um futuro melhor.