Amastha nega envolvimento com o rombo do PreviPalmas que motivou operação da PF
24 maio 2024 às 11h08
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Por meio de nota, Marlon Reis, advogado do pré-candidato a prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB) disse o político não tem envolvimento com os atos ocorridos no Instituto de Previdência Social de Palmas (PreviPalmas) que motivaram a Operação Moiras da Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira, 24. “Sobre o ocorrido hoje, é fundamental esclarecer que Carlos Amastha não tem, nem nunca teve, qualquer envolvimento ou ligação com os atos ocorridos no Previpalmas. Todos os documentos que foram juntados ao processo apenas comprovarão de maneira cristalina que Amastha não tem qualquer envolvimento com o fato”, diz o texto encaminhado à imprensa.
A defesa disse que a operação ocorrida hoje foi “um ato absolutamente abusivo e injustificado aos olhos da Lei”. E que irão provar a inocência de Amastha ao longo das investigações.”O que fica evidente é uma ação política orquestrada, envolvendo injustamente o nome de Amastha, numa investigação da qual não tem envolvimento algum. E isso se dá justamente num período eleitoral, na tentativa brutal de manchar sua imagem como pré-candidato a prefeito de Palmas”.
Conforme o advogado, os fatos discutidos já foram objeto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Palmas. “A CPI proposta pelo próprio Amastha enquanto prefeito da Capital, de uma investigação dentro da Prefeitura Municipal com auditoria das contas do instituto e de análise minuciosa feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nas contas do Previpalmas e em todas essas investigações, ficou absolutamente claro que não houve qualquer envolvimento de Amastha”, continua a defesa.
Reis reitera que há mais de 6 anos, Amastha não ocupa cargo público algum. “Todos os seus recursos são resultado do suor do seu trabalho digno na iniciativa privada, como é de conhecimento irrestrito da sociedade, o que torna a ação de hoje ainda mais injustificada e arbitrária, tal como será provado ao longo das investigações”, finaliza o texto.
Operação
A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Moiras para investigar possíveis atos de corrupção, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro no Instituto de Previdência Social de Palmas (PreviPalmas). As investigações apontam que as irregularidades causaram um prejuízo de R$74,4 milhões. Foram emitidos 27 mandados de busca e apreensão em várias cidades do Tocantins, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Amapá e Goiás.
Os alvos da operação incluem empresários, servidores e políticos que teriam investido em fundos sem liquidez, conhecidos como “fundos podres”. Além das buscas, houve bloqueio de bens dos suspeitos. Se as acusações forem confirmadas, os envolvidos podem enfrentar penas de até 46 anos de prisão.
A operação recebeu o nome “Moiras” em referência às figuras mitológicas que controlavam o destino. A Prefeitura de Palmas afirmou que, desde 2018, vem tomando medidas para anular as aplicações irregulares e recuperar os valores investidos. A gestão atual realizou auditorias e colabora com as investigações para assegurar os direitos dos servidores públicos