Análises da qualidade da água do rio Tocantins estão sendo realizadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema/Maranhão) em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), em relação aos caminhões que carregavam ácido sulfúrico e agrotóxicos que despencaram com a estrutura da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Aguiarnópolis, Tocantins, e Estreito, no Maranhão no último dia 22 de dezembro. 

Foram confirmadas duas fissuras no tanque que armazenava 23 mil litros do produto por mergulhadores que atuam no local. O Ibama solicitou à Pira-Química, empresa responsável pelo veículo, um relatório detalhado com informações sobre o vazamento, com previsão de entrega nesta quinta-feira, 9.

De acordo com os relatórios preliminares, os parâmetros avaliados estão dentro dos limites considerados normais para água doce, e não foram constatados impactos significativos na fauna local até o momento. Desde o início da emergência, a prioridade das autoridades foi concentrada na busca e resgate das vítimas humanas. Somente após essa etapa, os trabalhos de retirada das cargas e as inspeções subaquáticas foram autorizados pelo Comando da Marinha.

A empresa Videira, responsável por outro caminhão carregado com 40 mil litros de ácido sulfúrico, informou que, após inspeção visual realizada pelo Comando da Marinha, o tanque aparenta estar intacto. Já a empresa Sumitomo, que transportava agrotóxicos no terceiro caminhão, contratou uma equipe especializada para remover as bombonas com produtos químicos que permanecem no fundo do rio. 

O Ibama está atuando em conjunto com a Marinha do Brasil, a ANA e empresas transportadoras para retirar produtos perigosos que caíram no rio Tocantins. As empresas responsáveis pelos caminhões que despencaram com a estrutura da ponte, assim como o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), foram notificadas a apresentar Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) para lidar com os veículos submersos.