Apenas dois deputados do Tocantins não assinaram pedido de urgência para anistia de 8 de Janeiro

11 abril 2025 às 16h22

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Dos oito deputados federais do Tocantins, apenas dois parlamentares não assinaram o requerimento de urgência para o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro de 2023, quando extremistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Os deputados Lázaro Botelho (PP) e Ricardo Ayres (Republicanos) optaram por não subscrever o pedido, que visa acelerar a tramitação da proposta, dispensando a análise pelas comissões permanentes e levando o texto diretamente ao plenário da Câmara.
Outros seis representantes do estado apoiaram o requerimento de urgência, entre eles:
- Alexandre Guimarães (MDB)
- Antonio Andrade (Republicanos)
- Carlos Henrique Gaguim (União Brasil)
- Eli Borges (PL)
- Filipe Martins (PL)
- Vicentinho Júnior (PP)
O projeto é de autoria do deputado Major Vitor Hugo (PL-GO) e tem como objetivo anistiar “todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional” desde 30 de outubro de 2022 — data do segundo turno da eleição presidencial.
O requerimento de urgência atingiu 258 assinaturas, superando o mínimo necessário (257). Com isso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem a prerrogativa de pautar o texto a qualquer momento.
A proposta vem sendo interpretada como uma tentativa de reabilitar politicamente aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no STF acusado de tentativa de golpe. A anistia pode atingir tanto réus como condenados pelos atos de vandalismo e depredação do 8 de Janeiro, incluindo militares, financiadores e lideranças envolvidas.
Ao todo, 201 deputados se dizem favoráveis ao mérito da proposta, enquanto 127 são contrários e 105 não se posicionaram. A adesão à urgência não implica apoio direto ao conteúdo do projeto, mas sinaliza articulação política favorável ao seu avanço.
O PL, partido de Bolsonaro, lidera o número de assinaturas com 89 apoios. Siglas como União Brasil, PP e Republicanos também integram o grupo com maior número de adesões.