Depois de um conflito que deixou dezenas de milhares de mortos e destruiu boa parte da Faixa de Gaza, o Hamas libertou, nesta segunda-feira, 13, os últimos 20 reféns israelenses sobreviventes. A medida faz parte de um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que busca encerrar oficialmente os dois anos de confrontos entre Israel e o grupo palestino.

As Forças Armadas de Israel confirmaram que todos os reféns vivos foram entregues pela Cruz Vermelha e já retornaram ao país. O momento provocou grande comoção em Tel Aviv, onde milhares de pessoas acompanharam a chegada dos libertados na chamada “Praça dos Reféns”.

Como contrapartida, ônibus com prisioneiros palestinos também deixaram presídios israelenses em direção a Gaza, segundo autoridades locais. A troca marca o início da primeira fase do acordo firmado na semana passada no Egito, que ainda prevê novas etapas de reconstrução e cooperação regional.

O plano de 20 pontos apresentado pelo presidente norte-americano Donald Trump será debatido por mais de 20 líderes mundiais em uma cúpula no resort egípcio de Sharm el-Sheikh.

Trump classificou o acordo como “um amanhecer histórico de um novo Oriente Médio” e deve discursar no Parlamento de Israel antes de seguir para o Egito.

O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou ataques em território israelense que resultaram em cerca de 1,2 mil mortos e 251 reféns. Desde então, os bombardeios israelenses em Gaza causaram mais de 67 mil mortes, segundo as autoridades de saúde do enclave palestino.

Em imagens divulgadas pelo Exército de Israel, reféns libertados aparecem sorrindo e abraçando soldados. Um deles, Guy Gilboa-Dalal, escreveu em um quadro branco: “Eu voltei – o povo de Israel vive”.

*Com informaçõ da Reuters