Balsas começam a operar no Rio Tocantins dois meses após queda da ponte Juscelino Kubitschek

25 fevereiro 2025 às 17h32

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A travessia do rio Tocantins por balsas teve início nesta semana, permitindo a circulação de carros, motos, caminhões e pedestres entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), dois meses após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido em 22 de dezembro de 2024. O serviço, oferecido gratuitamente e durante horário comercial, das 8h às 18h, está sendo realizado pela empresa Pipes. O contrato para a operação foi formalizado pela Prefeitura de Estreito, com apoio da Marinha do Brasil.
A balsa utilizada tem capacidade para até 122 passageiros, além de veículos de diversos portes, incluindo carros, motos e caminhões com até 10 toneladas. As operações começaram na manhã de segunda-feira, 24, com imagens compartilhadas pelo vereador Elias Júnior mostrando a fila de veículos que aguardavam para embarcar no lado tocantinense, com destino ao Maranhão.
Embora o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) tenha contratado uma empresa para operar balsas na região, o serviço ainda não foi iniciado. O órgão informou que a concessionária solicitou prorrogação do prazo para começar as operações, com a data limite sendo esta sexta-feira, 28. A embarcação ainda passará por testes antes de receber a autorização da Marinha do Brasil e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
A empresa contratada pelo DNIT, Amazonia Navegações LTDA, irá operar na região pelo valor de R$ 39.959.771,81, com serviços programados para funcionar 24 horas por dia, durante um ano.
Anteriormente, no dia 23 de janeiro, o DNIT havia revogado a dispensa de licitação com a empresa Pipes devido ao descumprimento das obrigações contratuais. A empresa havia sido contratada por R$ 6,4 milhões para realizar o transporte de passageiros e veículos.
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira ocorreu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50, causando um grave acidente com 18 pessoas envolvidas. Um homem de 36 anos foi resgatado com vida, 14 pessoas morreram e três continuam desaparecidas.
De acordo com o DNIT, o colapso da ponte ocorreu devido ao desabamento do vão central, e a causa do acidente segue sob investigação. A Polícia Federal também está apurando a responsabilidade pelo incidente.
A queda da estrutura resultou no despejo de três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões no rio Tocantins, sendo dois desses veículos carregados com 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.
No último dia 2 de fevereiro, as partes restantes da ponte foram implodidas.