A Marinha do Brasil, por meio da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins (CFAT), divulgou nesta quarta-feira (09) uma nota oficial esclarecendo os motivos que levaram à limitação no número de passageiros transportados pelas balsas que operam entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), travessia feita pelo rio Tocantins.

De acordo com a nota, a CFAT recebeu uma denúncia relatando que as balsas estavam operando acima de sua capacidade. Após vistoria, foi constatado o descumprimento das normas técnicas, e determinada a adequação imediata da operação aos limites legais. A Marinha informou que a medida não se trata de uma nova decisão, mas do cumprimento das especificações já previstas na documentação das embarcações.

“A limitação da quantidade de pessoas transportadas não é uma decisão nova, tampouco uma alteração recente determinada pela Marinha do Brasil, mas o simples cumprimento dos limites formais já previstos nas características técnicas das embarcações”, informou a Marinha na nota oficial​.

Ainda segundo o comunicado, a ação visa garantir a segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana em águas sob jurisdição brasileira. O telefone 185 segue disponível para emergências marítimas e fluviais.

Protestos

A medida gerou protestos de motociclistas na noite de quarta-feira (09), em Estreito, que se manifestaram contra a restrição. Eles alegam que, com a nova determinação, as balsas estariam fazendo a travessia com capacidade reduzida, o que tem provocado filas e transtornos no deslocamento diário de passageiros e veículos.

Queda da ponte

A travessia por balsas passou a ser a única alternativa desde a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 22 de dezembro de 2024. O acidente deixou 14 mortos, três desaparecidos e uma pessoa sobrevivente.