Após um ano fora da Justiça do Tocantins, o desembargador Helvécio Maia Brito foi novamente afastado do cargo, desta vez por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta semana. Os detalhes foram trazidos pelo Jornal Anhaguera 2ª edição. Segundo a reportagem, a decisão é assinada pelo ministro Mauro Campbell, corregedor nacional de Justiça, que entendeu haver graves indícios de irregularidades na conduta do desembargador.

Helvécio Maia estava afastado desde 23 de agosto de 2024, quando foi deflagrada a Operação Maximus, da Polícia Federal no Tocantins, que investiga supostas negociações e vendas de decisões judiciais.

O primeiro afastamento havia sido determinado pelo Superior Tribunal Justiça (STJ), por ordem do ministro João Otávio de Noronha. Agora, ao se completar um ano da medida, o CNJ decidiu manter o desembargador fora de suas funções. A decisão foi tomada no âmbito de uma reclamação disciplinar administrativa e deverá ser juntada aos autos da Operação Maximus, que não tramita mais no STJ, mas sim no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Cristiano Zanin.

A partir de junho, o inquérito da Polícia Federal também passou a investigar possíveis vazamentos de informações da operação, com suspeita de que alguns alvos, incluindo o desembargador, teriam tido acesso aos dados antes da deflagração. Diante disso, o ministro Zanin intimou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para se manifestar sobre o caso e sobre outros pedidos feitos pelas defesas.

Ainda não há informações sobre a situação do juiz José Maria Lima, que também foi afastado na Operação Maximus em agosto do ano passado, e cujo prazo de afastamento vence agora, em 23 de agosto de 2025.

Procurada pela reportagem, a defesa de Helvécio Maia Brito informou que não vai comentar a decisão. Já a defesa de José Maria Lima não foi localizada.